O avanço das drogas no Brasil pode ser explicado de acordo com o fato social de Durkheim. Segundo o sociólogo, o indivíduo é condicionado a agir conforme o grupo no qual está inserido sendo levado a repetir padrões de comportamento. A interação de uma pessoa com dependentes químicos reforça a tese de que essas podem vir a se tornar usuários em potencial. Em uma pesquisa, constatou-se que 77% dos consumidores, antes do primeiro contato, tinham depressão. Infere-se, portanto, que a busca por alucinógenos é maior em pessoas que possuem doenças psicológicas pré estabelecidas. Para a psicóloga Fernanda, da Escola de Saúde de Planaltina-DF, o uso de drogas aliado a fatores genéticos pode desencadear a manifestação de outras patologias que se encontram em estado de latência, como a esquizofrenia. Outrossim, as gestantes compõem, além daqueles, um conjunto de vulnerabilidade. Isso ocorre, em geral, porque são abandonadas e se tornam moradoras de rua ou por não possuírem apoio do núcleo familiar. Os recém nascidos destas mulheres serão as maiores vítimas uma vez que essas substâncias quando entram em contato com a corrente sanguínea ocasionam a dependência, mesmo fora do útero. Com a finalidade de minimizar a perpetuação e solucionar a problemática, o Ministério da Saúde deve, juntamente com os estados e municípios, implantar centros de acolhimento para usuários químicos com o intuito de restabelecer as funções orgânicas normais e controlar as doenças psíquicas de base. Além disso, o Ministério da Educação, aliado ao Sinpro, necessitam capacitar os docentes para o reconhecimento de sinais que indicam o envolvimento, por parte dos discentes, com drogas. Já a assistência social, veiculada as secretarias de saúde, iram promover a recuperação das mulheres e neonatos em alojamentos disponibilizados pelo Ministério da Saúde visando erradicar o vício e possíveis reincidências.