A dependência de substâncias, lícitas ou ilícitas, que provocam modificações no organismo é um problema cada vez mais comum dentro da sociedade. Em busca de prazer, fuga dos problemas - individuais ou sociais - ou por influência do círculo social, diversas pessoas são levadas ao vício em drogas. As consequências da dependência química não se restringem apenas ao indivíduo, mas atingem toda a sociedade. É principalmente durante a adolescência que o indivíduo tem maior propensão a se tornar dependente. A personalidade está se desenvolvendo, nesse período o cérebro sofre muitas mudanças e, assim, o uso de drogas gera impactos sociais e psicológicos mais profundos. O indivíduo viciado muitas vezes tem dificuldade em se manter financeiramente, torna-se um fardo para os familiares. O abandono dos estudos e a instabilidade em empregos são comportamentos frequentemente associados ao vício em drogas. Consequentemente, marginalizado pela sociedade, o dependente químico não encontra saída senão entrar na ilegalidade para manter a si mesmo e o vício. As drogas são umas das principais vias de acesso ao crime, não só para o viciado, mas para quem o comercializa. O narcotráfico está relacionado aos elevados índices de criminalidade e violência nos centros urbanos. O tráfico movimenta enormes somas de dinheiro e alimentas facções criminosas como o Primeiro Comando Capital e o Comando Vermelho. É evidente, portanto, que as drogas são um problema não só de saúde, mas também de segurança pública. Com o intuito de resolver a situação, é importante que se dê maior atenção ao assunto no currículo escolar, aconselhando os alunos, principalmente durante a adolescência. Também deve ser dada maior atenção aos programas de reabilitação de ex-dependentes para que eles sejam capazes de retornar a sociedade sem que retornem ao vício, com garantia de emprego e moradia distante dos locais em que se tornaram viciados.