A legitimidade do uso de drogas ilíticas só pode ser analiticamente estudada através de uma análise sócio-histórica da sociedade. Socialmente, os padrões de aceitação do indivíduo nos grupos sociais se tornam um dos principais fatores para o uso dessas drogas. Os jovens se tornam elementos mais suscetíveis ao uso, uma vez que tendem a legitimar tal ação para sua inclusão em um novo círculo social. O Estado sofre com o fomento do uso indiscriminado dessas drogas, visto que as políticas de combate ao uso de drogas são meramente repressivas, diante do déficit do sistema público de saúde, falhando aquele em oferecer outras políticas públicas de tratamento, por exemplo. Embora seja declarado pelo Diretor Executivo do Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crimes (UNODC) um cenário estável, existem variáveis alarmantes relacionadas ao assunto. Tratamentos para dependentes químicos geram exacerbadas despesas para o Estado, deixando este de oferecer uma melhora em outros tratamentos também necessários. Consequências do uso indiscriminado são fatores desagradáveis para o bem-estar da sociedade. Além das depesas de tratamento, variável impactante diretamente aos cofres do Estado, tais fatores ocasionam a desestruturação do núcleo familiar, o aumento do índice de violência urbana, dentre outros malefícios à sociedade. Historicamente há formação de um fator geopolítico no consumo de drogas ilícitas em todo o mundo. Conforme o Relatório Mundial sobre drogas (2008), a disposição geográfica dos países indica à qual droga estes estão mais propensos. Como caso, o Brasil e todo o continente da América possui porcentagem quantitativamente alta no tratamento da cocaína e derivados, estudo realizado sobre o tratamento do uso entre 1998 e 2006. Uma solução eficaz para o tratamento do problema de combate às drogas está intimamente ligada a desmistificação de sua legitimidade. Cabe ao Estado realizar uma melhor aplicação de políticas de profilaxia. Políticas públicas de conscientização devem ser fomentadas, tendo em vista que podem ser usadas ferramentas de alto alcance populacional como a Rádio e a Televisão. Destarte, aumentar-se-á a consciência da população quanto aos problemas ocasionados pelo uso indiscriminado de drogas ilícitas, tais quais alguns já citados aqui.