O consumo de drogas no Brasil tem aumentado cada vez mais. Isto deve ser entendido como um panorama multifatorial, que implica consequências negativas para o indivíduo que utiliza a droga, para seus amigos e familiares e até mesmo para a sociedade brasileira como um todo. A crescente utilização das drogas tem como uma das causas a facilidade de se encontrarem as mesmas, colaborando para que o consumo destas não tenha tantos empecilhos. Isto é exacerbado nas drogas lícitas como o álcool, o qual é constantemente vendido para menores de 18 anos, embora seja proibido. Também pode-se citar a própria sociedade de consumo, que se vivencia atualmente, na qual impera-se o conceito de felicidade através do consumismo, e, portanto, há um estímulo indireto para o uso de drogas. Vale ressaltar a importância das escolas na conscientização sobre as drogas através da transmissão de informações aos jovens, fato este não observado, e o fator biológico de cada indivíduo, visto que alguns são mais propensos à dependência que outros, devido ao genótipo diferenciado. Consequentemente, aumenta-se o número de dependentes, havendo, portanto, mais gastos governamentais com a reabilitação dos mesmos, o que na maioria das vezes não se mostra eficaz. Com isso, recursos que poderiam servir como subsídios para a saúde, geração de empregos e educação, por exemplo, ficam comprometidos. Além disso, a droga pode afetar o desempenho do indivíduo no trabalho e o seu aprendizado, havendo menor produtividade. Cabe ressaltar também, que as famílias de pessoas dependentes sofrem muito, colaborando para um grande desgaste emocional e psicológico. Portanto é inegável que políticas públicas devem ser implementadas no sentido de reverter tal situação. O Ministério da Educação, por exemplo, deve alterar o currículo escolar para intensificar o debate sobre as drogas, sendo isto feito a partir do ensino fundamental II. Os meios midiáticos, como rádios, programas de televisão e as propagandas, e as unidades básicas de saúde também podem estimular tal informatização. O governo deve investir mais na fiscalização de fronteiras “cegas’’, para diminuir a entrada de drogas ilícitas no país, e aumentar a multa para estabelecimentos que venderem drogas lícitas para menores de 18 anos.