O crescimento do uso de entorpecentes na sociedade brasileira, é uma questão que vem causando diversos problemas, citando-se como exemplo, o aumento da violência e o crescimento dos cartéis de drogas. Nesse contexto, pode-se apontar dois fatores que colaboram para a disseminação dessas substâncias ilícitas no território do Brasil: as transformações no modo de vida e a falta de estrutura familiar. Sem dúvidas, a alteração na forma de se viver está ligada ao avanço do uso de entorpecentes. Com a expansão do capitalismo e das tecnologias, o estilo de vida se tornou mais "corrido" de tal forma que houve uma sobrecarga de responsabilidades para um mesmo indivíduo lidar. Esse exagero costuma acometer os jovens, uma vez que eles estão em um momento da vida em que precisam definir boa parte de seu futuro. O resultado dessa pressão psicológica no indivíduo é o surgimento de doenças psíquicas, como a depressão, que, como estudos realizados em São Paulo mostram, é a porta para o vício em drogas. Logo, para evitar que os brasileiros usem substâncias ilícitas como refúgio da realidade, é preciso mudar a forma de se viver no mundo contemporâneo e combater os transtornos mentais. Ademais, a base familiar é uma variante nessa questão. A família do século XXI está, tanto a mãe quanto o pai, focada em trabalhar para prover o alimento para o filho. Nesse sentido, outra necessidade básica, que é a atenção, acaba sendo negligenciada. Dessa maneira, o indivíduo passa a procurar por outros meios de lidar com a carência de apoio familiar. A consequência disso é, quase sempre, o uso alucinógenos. Sendo isso evidenciado em casos de famílias desestruturadas em que os filhos acabam se perdendo em vícios. Entende-se, portanto, que o avanço das drogas é, na verdade, consequência da questão familiar e do modo de vida. A fim de frear essa questão, torna-se necessário medidas por parte do governo, como a criação de uma espécie de previdência social que permita o responsável de uma criança se ausentar do emprego para ter mais tempo de ser a figura paternal ou maternal de que todo indivíduo precisa, no objetivo de evitar lacunas em sua formação que possam leva-lo ao uso de drogas. Desse modo, menos cidadãos serão coibidos a usar as drogas como analgésicos para a vida real.