Segundo Lair Ribeiro, promover medidas profiláticas é a melhor maneira de combater uma doença. Contudo, o cenário atual, com um número crescente de jovens e adultos tendo acesso a regiões como a Cracolândia, mostra que o Brasil esta caminhando no sentido oposto a esse ideal. Nesse sentido, é necessário que o Estado busque reverter esse quadro, que, além de prejudicar a imagem do país no exterior, afeta a vida, não somente de usuários, como também de toda população. Em primeiro lugar, é necessário expor como essa mazela é capaz de gerar um estado de violência. Com números que chegam a 2 presos por vaga, segundo fontes do G1, a precariedade do sistema prisional brasileiro é um reflexo da banalização do comércio de entorpecentes. Aliás, esses números elevados se dão, também, pela ausência de uma política específica que possa diferir traficantes de consumidores. Portanto, essa carência, ao somar-se com a quantidade massiva de drogas que atravessam as fronteiras, causa uma superlotação que faz das celas ambientes de fácil propagação da criminalidade. Em segundo lugar, é preciso salientar que essa inserção de mais pessoas nessa vida de crime faz com que a tentação bata na porta de suas maiores vítimas, os jovens. Com um aumento de 30% nos casos de suicídio entre adolescentes e crianças, nos últimos 28 anos, segundo dados da Organização Mundial da Saúde, fica perceptível que os mais novos estão muito suscetíveis a dependência. Por conseguinte, é notável como tal problema tem sido grande vetor do elevado número de casos de menores de idade vistos diariamente em jornais e redes sociais, cometendo todo tipo de crimes para sustentar o vício. Por conta disso, é papel do Governo Federal revisar a política antidrogas nacional, de maneira que consumidores e vendedores possam se distinguir perante a lei, reduzindo o índice elevado da população carcerária. Outrossim, o Ministério da Educação deve levar para salas de aula (por intermédio de materiais e palestras) conteúdos e atividades que façam com que os estudantes criem expectativa no aprendizado, para se distanciarem de caminhos errados, além incentivar o diálogo com o professor e com psicólogos escolares, para que possíveis transtornos sejam detectados e tratados de maneira correta.