Durante toda a história, principalmente em períodos de guerra, os países – de forma generalizada – submetiam seus soldados a usarem cocaína, no intuito de conceber bravura e valentia nos campos de guerra. Nesse sentido, é pertinente afirmar que tal evento contribuiu para que houvesse maior disseminação das práticas relacionadas ao consumo de substâncias alucinógenas. No contexto brasileiro, o país ocupa a segunda posição no consumo de cocaína e derivados – por exemplo, o crack e a heroína. Entretanto, tais substâncias psicoativas modificam e alteram o comportamento do indivíduo – especialmente, tornando-o agressivo. Nessa perspectiva, é ressaltada a ineficácia dos órgãos de fiscalização e é indispensável compreender o propósito do uso excessivo de drogas ilícitas. Em primeiro plano, é preciso entender os motivos que levam o indivíduo à utilização de entorpecentes. Dados de uma pesquisa feita com cerca 700 usuários de drogas, em São Paulo, revelam que aproximadamente 67% dos dependentes veem nos narcóticos uma forma de buscar o prazer. A dopamina é um neurotransmissor – da dependência –, que dispara a sensação de prazer – causada pelo uso da droga. Contudo, esse consumo exacerbado pode levar às consequências graves, como a arritmia cardíaca, perda de memória, depressão e, até a morte. Dessa forma, fica clara a necessidade de pesquisas científicas que busquem entender a necessidade da utilização desses estimulantes. Ademais, é explícita – de forma geral – a facilidade de propagação das drogas de forma criminosa – o tráfico de drogas. Segundo dados fornecidos pelo Ministério Público de São Paulo, o mercado de entorpecentes teve um crescimento de 88,6% em seis anos. Sob essa ótica, os órgãos de fiscalização não acompanham tal evolução, mostrando-se defasados no combate do narcotráfico. Seria, contudo, de alta relevância a plena aplicação da base doutrinária de Thomas Hobbes – sobretudo em ‘’O Leviatã’’ – da atuação governamental na manutenção da ordem e justiça. Sob esse prisma, entende-se, portanto, que a falta de pesquisas e a precária fiscalização levam à perpetuação da problemática. Nessa lógica, é importante a atuação do Poder Executivo, com investimentos em estudos científicos, que busquem entender as razões e as consequências do uso de drogas, com a finalidade de, orientar a população à uma mudança comportamental. Além disso, resultados positivos podem ser alcançados por meio da parceria entre a Polícia Federal e o Poder Legislativo com efetiva fiscalização – entre as fronteiras do país e nas comunidades –, para conter a expansão do narcotráfico. Só assim acabaremos com um problema que, ainda no século XXI, ameaça a população.