Muito tem se discutido sobre a real causa da epidemia da Zika no Brasil, entre as possibilidades destaca-se a Copa do Mundo, uma vez que o país recebeu imigrantes de todo o mundo. Dessa forma, outro problema deixou a sociedade em situação de alerta, principalmente as gestantes, que foi o surto de microcefalia. Nesse sentido, as consequências geradas são preocupantes pelo fato da precariedade da inserção dessas crianças na sociedade. A pergunta frequente quando diz respeito às consequências do aumento de casos de microcefalia no Brasil é “como a rede de educação vai receber essas crianças?”. Isso ocorre, pois essa epidemia notificou, segundo o Ministério da Saúde, mais de sete mil casos da doença no país, sendo que só em Pernambuco foram quase 500 casos. Nesse sentido, as escolas não estavam devidamente preparadas para receberem um número significativo de crianças com retardo mental, com dificuldade na fala e na coordenação motora que são problemas desencadeados em crianças microcéfalas. Além disso, a precariedade na saúde para crianças com microcefalia é outra consequência do elevado número de casos no Brasil. Isso porque faltam centros de referência disponíveis para acolher indivíduos que nascem com essa malformação, uma vez que o atendimento a elas demanda de uma equipe multidisciplinar composta por neurologista, pediatra, fonoaudiólogo e fisioterapeuta, levando a inviabilidade do tratamento a diversas pessoas devido ao elevado custo. Diante desse cenário, percebe-se que medidas são fundamentais para resolver o impasse das consequências ocasionadas pela microcefalia no Brasil. Em função disso, faz-se necessário que o Governo, juntamente com o setor privado, desenvolva projetos de ampliação de escolas e centros de saúde especializados em crianças com microcefalia. Simultaneamente, é fundamental que leve ao conhecimento de todos a proposta da Lei elaborada pelo Senado que tem como objetivo oferecer pensão vitalícia no valor de um salário mínimo a pessoas com microcefalia causada pelo vírus da Zika, visando ao convívio social delas que é prejudicado. Outrossim, a educação fornecida pela relação família-escola é imprescindível para que desenvolva, desde as fases iniciais, indivíduos com maior capacidade de discernimento e saibam identificar as dificuldades que uma pessoa com microcefalia enfrenta, já que, como disse Kant, “o ser humano é aquilo que a educação faz dele”.