A constante preocupação de políticas públicas contra o Aedes aegypti, como o trabalho contra focos do inseto, não foi suficiente para conter uma nova epidemia. Os altos índices de microcefalia mostram que a realidade em que a população vive tanto de infraestru- tura quanto de educação ainda são ruins.     A presença governamental luta contra o descaso de parte da popu- lação, que mantem em suas casas verdadeiros criadouros de mosquitos. Irresponsabilidade social somada à falta de consciência ajuda na propa- gação da doença, ratificando a necessidade de que medidas para amenizar a incidência da doença devem ser direcionadas à população.     Segundo análises geográficas, o planejamento familiar e, consequentemente, o número de filhos é modificado frequentemente. Dessa maneira, altas taxas de microencefalia e o medo de contaminar os filhos corroboram para mais uma fase de mudanças familiares. Fase essa, que segue uma tendência mundial de ter poucos filhos, gerando o envelhecimento populacional e os gastos públicos com previdência.     Entretanto, outros gastos governamentais também são estimulados como a manutenção à saúde pública.Famílias que são economicamente desfavorecidas, precisam de apoio para assegurar boas condições de vida à um filho microcefálico. É válido lembrar, que o tratamento, quando bem executado, trás significativas mudanças amenizando, por exemplo, o retardo mental provocado pela doença.     É evidente, portanto, que a conscientização popular, da existência de tratamento é necessária e deve ser divulgada pela mídia e por ONGs empenhadas socialmente. A ampliação de programas governamentais que visem não só aos pais mas também à criança, inserindo-a socialmente na escola é válida e ajuda a tirar o foco da impossibilidade da cura para a possibilidade da vida.