No segundo semestre de 2015, um surto de casos de microcefalia atingiu o Brasil. Tal surto se iniciou nos estados do nordeste, se alastrando depois por 21 estados da federação, sendo o maior número de casos diagnosticados em Pernambuco, e que foi associado ao vírus Zika. Tal aumento repentino de casos dessa malformação levou o ministério da saúde a decretar estado de emergência na saúde pública do país. Entretanto, pouco se tem feito no que se trata de auxilio a famílias com casos de microcefalia. E apesar de ter sido constastada a relação do Zika vírus com a dita malformação, é preciso informar a população que essa não é a única doença que causa o quadro de microcefalia. Entre os séculos XX e XIX, pessoas com microcefalia foram, algumas vezes, vendidas para "shows de horrores" na América do Norte e na Europa, onde eram conhecidas como pinheads, "cabeças de alfinete" em inglês. Muitas eram apresentadas como pertencentes a outras espécies, e descritos como um elo perdido entre o homem e o macaco. O fato é que os problemas da microcefalia vão bem além da má formação física. Sério déficit intelectual e atraso no desenvolvimento de movimentos e da linguagem são apenas alguns dos sintomas. E infelizmente, se trata de uma doença que não possui cura, porém tratamentos precoces como terapias de fala e ocupacional, devem garantir melhor qualidade de vida para o individuo que possui essa doença. Todavia, é preciso perceber que os órgãos de saúde pública tem voltado sua atenção para alarmar a população brasileira a respeito da microcefalia e sua ligação com o Zika vírus. Mas pouco se tem feito para auxiliar as pessoas que já possui essa malformação, como também pouco se tem falado a respeito das outras doenças que podem causar a microcefalia. Como é o caso da sífilis, doença sexualmente transmissível e que teve um grande aumento no número de casos no Brasil. Portanto, medidas devem ser tomadas para resolver o impasse. Visto que mais ações devem ser tomadas para auxiliar as famílias que lidam com a microcefalia, e que grande parte da população não tem conhecimento de outras doenças que podem causar essa doença. Primeiramente, é necessário que o sistema de saúde pública juntamente com a previdência social, procurem ajudar as famílias em que o caso de microcefalia foi diagnosticado. Através de auxilio financeiro vindo da previdência social, e com tratamentos fisioterapêuticos ou até e mesmo uma cirurgia, para separar os ossos do crânio para evitar a compressão que ele exerce no cérebro. Já a mídia, financiada pelo governo, cabe a função de informar a população sobre as outras doenças causadoras da microcefalia, como também instruir os brasileiros de como evitá-las. Dessa forma, será possível não apenas dar mais atenção aos casos existentes de microcefalia, como também reduzir o número de casos futuros.