Desde a promulgação da constituição de 1988 no Brasil, que incluía o acesso à rede pública de saúde, diversas doenças puderam ser tratadas sob responsabilidades do Estado. Diante disso, no século XXI, não é diferente com a microcefalia, visto que a saúde pública desenvolve um tratamento que reduz os sintomas e sequelas, mas não consegue obter um diagnóstico rápido e preciso, o que pode levar ao comprometimento da saúde do paciente e à necessidade de adaptação. Dentre as diversas causas da microcefalia, a principal destas está relacionada ao Zika vírus, transmitido pelo mosquito Aedes aegypti durante a gestação dos bebês, cujos sintomas são fáceis de serem confundidos com outras doenças, a exemplo da dor de cabeça e febre baixa, também relacionada à dengue. Isso demonstra a dificuldade de diagnóstico em um primeiro momento, o que ajudaria no tratamento. De acordo com o Ministério da saúde, 3500 recém-nascidos ainda não têm o diagnóstico confirmado por exames, sendo que já são cerca de 1827 casos confirmados, o que leva ao comprometimento ainda maior do desenvolvimento cognitivo da criança. Mediante a isso, regiões como o Nordeste, cujo aumento foi mais preocupante, necessitam de adaptação a essa situação, a exemplo do tratamento disciplinar nas escola e cuidados especiais dos pais. Fica evidente, portanto, a necessidade de diagnósticos mais precisos e rápidos para facilitar a reversão das sequelas nas crianças além da adaptação social e política nas cidades. Assim, torna-se importante o financiamento de pesquisas nas universidades acerca do assunto, desenvolvendo diagnósticos, tratamentos e prevenções, a exemplo da liberação de mosquitos estéreis para dificultar a reprodução. Ademais, é essencial a organização de palestras em locais públicos e escolas, dispondo de informação e, sobretudo, organizando pontos de atendimento especial a pais e crianças com microcefalia a fim de reduzir os efeitos da doença.