No ano de 2015 o Brasil teve uma surpresa desagradável, o número de casos registrados de crianças que nasceram com microcefalia foi de 2.401, além de 29 óbitos ocorridos em 549 municípios brasileiros, já no período entre os anos de 2010 e 2014 esses números eram de apenas 781 casos. Doença esta que a cabeça da pessoa apresenta um tamanho menor do que o tamanho médio da cabeça de crianças do mesmo sexo e faixa etária, estas crianças têm por consequências atraso mental, déficit intelectual, paralisia, convulsões, epilepsia, autismo e rigidez dos músculos. Foi observado que o aumento do número de casos de microcefalia se deu juntamento com o surto do vírus Zika, os casos foram registrados em gestantes picadas pelo mosquito aedes aegypti contaminado com a doença, nos casos mais graves a microcefalia se manifesta nos bebês cujo as mães foram picadas nos primeiros três meses de gestação, porém gestantes picadas depois deste período não estão imunes à doença, ainda tem grandes chances da contaminação, visto que nestes casos tem a possibilidade de a gravidade ser reduzida. O estado que apresentou maior número de casos foi o Pernambuco, com um número aproximado de 804 bebês que nasceram com essa condição. Para auxiliar as mães destas crianças, trocar informações e experiências foi criado a União de Mães de Anjos (UMA), são mães de crianças que apresentam a microcefalia que criaram esta rede de apoio, para juntas lutarem por auxílios, direitos e dignidade para seus filhos. Em uma entrevista para o jconline no mês de Outubro de 2016, Germana Soares que é presidente da União falou das dificuldades encontradas, ela afirmou: “Do mesmo jeito que nós fomos surpreendidas, o Estado também foi. É como se tivesse que se reestruturar do zero e no agora porque as crianças já haviam nascido para receber as estimulações e não havia vagas nem centros para oferecer isso, principalmente no interior.” Observando os aspectos relatados anteriormente, percebe-se que a doença pegou todos de surpresa, tanto aos pais quanto aos governos Federal e Estadual, por isso há uma grande necessidade que os governos dos Estados com maior índices de crianças com a doença, invistam em centros que ofereçam atendimentos médicos, fisioterápicos e psicológicos buscando a melhor qualidade de vida destas crianças, também é importante uma maior adesão nos postos de saúde do Brasil todo aos programas de incentivo ao pré-natal, para que os casos como o de microcefalia seja diagnosticado desde cedo possibilitando tratamentos e cuidados apropriados desde cedo. Por fim, é de extrema urgência que as pessoas se conscientizem da importância de combater os focos dos mosquitos de Norte a Sul do país, para que os números de casos da doença não aumentem.