No último ano, houve um aumento considerável do número de casos de microcefalia em várias partes do Brasil. O vírus zika é apontado como possível causa,ele é transmitido pela picada da fêmea do mosquito Aedes aegypti infectado e por via sexual. A prevenção e o combate ao vetor são primordiais, pois a doença acarreta sérios e possivelmente irreversíveis danos ao sistema nervoso central da criança, limitando o seu desenvolvimento e gerando inúmeros problemas para a criança e toda sua família. Em todo o país, foram confirmados até agora, segundo o Ministério da Saude, mais de 2.000 casos de microcefalia, um número inegavelmente maior que a média de 140 a 170 casos por ano desde 2010. A primeira onda de aumento de casos de microcefalia começou a ser identificada no Brasil no segundo semestre do ano de 2015. Durante 2016, o zika se alastrou pelo País, foi registrado em vários estados, provocando um surto, no início do ano. A doença congênita traz alterações ligadas ao sistema nervoso central das crianças e seu tratamento é feito por equipes formadas por diversos profissionais como, enfermeiros, fisioterapeutas, psicólogos e neuropediatras que procedem para amenizar os efeitos da ocorrência, principalmente no que diz respeito ao desenvolvimento mental da criança. Com registros na literatura médica desde os anos 1940, o vírus despertou o interesse de toda comunidade científica por ser uma possível causa do surto de microcefalia no Brasil. A suspeita da ligação entre o vírus e os casos de microcefalia é fundamentada em exames laboratoriais que identificaram o vírus no líquido amniótico e também no líquido cefalorraquidiano dos bebês que já nasceram e foram diagnosticados com o problema. No entanto, a relação não é totalmente conhecida. A hipótese mais aceita é de que o vírus possa atravessar a barreira placentária, chegando ao feto e causando a microcefalia. Não se pode afirmar que todos os casos de microcefalia sejam causados apenas pelo Zika, pois nem todas as gestantes e bebês são submetidos a exames para identificação do vírus. Diante disso, mostra-se os danos da doença são permanentes e a importância de combater o vetor para erradicar suas complicações. Atitudes cotidianas podem erradicar possíveis criadouros do mosquito transmissor não só da zika, como também da dengue e da chikungunya. Outra opção é o investimento em pesquisas para modificação genética de mosquitos, objetivando o combate à proliferação da espécie. Com as estatísticas dos casos confirmados e suspeitos, o Ministério da Saude pode direcionar investimentos para ampliar as equipes de profissionais em cada pólo receptor da demanda de pacientes, e com o credenciamento de maior número de laboratórios, pois os exames laboratoriais, hoje, são feitos em casos muito raros, o que dificulta até mesmo o entendimento médico sobre os casos.