O Brasil nos últimos meses apresentou um crescente número de casos de microcefalia, doença diagnosticada pela malformação congênita que deixa o crânio menor do que o tamanho médio, de 33 centímetros. Estudos apontam a aparente ligação desta doença ao Zika vírus, que é transmitido pelo mosquito Aedes egypti. O crescente aumento de casos de microcefalia no Brasil, para alguns cientistas, pode estar ligado ao grande número de epidemias do Zika vírus, que comparada a países vizinhos apresenta uma taxa de elevação da malformação congênita bem acima dos outros países. Para alguns especialistas a doença havia iniciado anteriormente no Brasil e se alastrado pelo resto da América Latina. A discrepância da doença pode ter interações com outras doenças e relações com condições socioeconômicas. Existe no Brasil uma imagem preconceituosa da microcefalia, e a má preparação dos pais que, ao terem um filho com tal doença, podem sofrer psicologicamente passando por vários processos de adaptação. Esses e outros fatores elevaram os índices de abortos no país, o que fere o artigo 3 da Declaração Universal dos Direitos Humanos que defende o direito à vida, à liberdade e à segurança pessoal. Para reverter a imagem da microcefalia e ajudar aqueles que sem escolha e culpa a adquiriram, se faz necessário a estimulação precoce do bebê, já que o primeiro momento pós-nascimento até os 3 anos, é a melhor etapa de estimulação e redução das sequelas da microcefalia; também é importante o acompanhamento psicológico dos pais que passarão por um longo processo de adaptação.