O processo casual ou planeado do desenvolvimento de uma sociedade é resultado das constantes evoluções e aprendizados do corpo social. Com a inicialização do processo das grandes navegações, populações diferentes foram sendo apresentadas a outras por meio do contato linguístico e cultural. O transporte de escravos africanos e de outros povos para o Brasil colônia perdurou até o século XIX e possibilitou a vinda de novas doenças até então desconhecidas, assim como de espécies exóticas. Com o passar dos anos, novas doenças foram catalogadas e caracterizadas pelo sucesso invasivo em seres humanos, como o Zika vírus, descoberto em 1947 no continente Africano. As sociedades contemporâneas buscam novas soluções para o fim de tais vetores e doenças que se dispersam de maneira eficiente. Outrossim, o Zika vírus era definido por contaminar espécies de macacos e em alguns casos, seres humanos, porém, não havia afinidade pelo metabolismo do mesmo. Dessa forma, assim como em séculos passados, o deslocamento de indivíduos de continentes e regiões distintas permitiu o espalhamento de culturas, línguas e doenças, como o ocorrido com o Zika vírus. Ao chegar à América do Sul instalou-se, no primeiro momento, no Nordeste brasileiro e esteve relacionado ao aparecimento de anomalias como os casos de microcefalia. A criança nasce com o tamanho encefálico desproporcional e tal distúrbio é resultado de inúmeras deficiências na saúde da mulher grávida, como os fatores genéticos e ambientais. A exposição às drogas, álcool ou substância nocivas na gravidez, desnutrição e rubéola são aspectos conhecidos em resultar pequenos casos de microcefalia antes da chegada do vírus na América. É indubitável que o Brasil, assim como muitos outros países, vive a realidade de elevados casos de microcefalia e que busca soluções para o problema. Émile Durkheim, sociólogo do século XVIII, dedicou sua vida a estudar as relações sociais e suas possíveis consequências. Para o estudioso, a sociedade só consegue evoluir com o auxílio e dedicação de todos os seus membros e esse processo origina-se com a interação entre as partes. Dessa forma, a microcefalia permite inúmeras decorrências para o Brasil, a começar pela falta de informação e capital aos pesquisadores, a dificuldade de inclusão da criança acometida e a ineficiência no combate a uma dos vetores conhecidos, sendo este o mosquito do gênero Aedes aegypti. Entende-se, portanto, que a Organização Mundial da Saúde deve proporcionar o capital necessário para estudos a fim de compreender as possíveis transmissões do vírus e seu combate. Dessa forma, o Governo Federal deve elaborar novos projetos de lei para auxiliar as famílias que possuem crianças acometidas, assim como promover maior distribuição de renda e infraestrutura na saúde especializada. Juntamente as competências estaduais e governamentais, promover o treinamento de voluntários ou membros da saúde para percorrerem as regiões mais acometidas e executar os mecanismos de combates até então conhecidos. Unidos a estes poderes, vincula-se os mecanismos tecnológicos como os canais abertos de televisão que conscientizariam a população sobre a realidade que o país enfrenta. Dessa forma, esse problema social será gradativamente solucionado.