Os obstáculos para ter um filho em meio à sociedade atual têm sido cada vez maiores. O aumento de casos de microcefalia no Brasil, e a quantidade de mortes por conta de abortos malsucedidos que isto tem causado, colaboraram significativamente para pensar um pouco mais antes de se ter um filho. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), o Brasil tem sido o país mais afetado pela epidemia de Zica, e apresenta um número 63 maior do que a segunda colocada (Colômbia), que tem 29 casos confirmados. Microcefalia é uma condição neurológica rara em que a cabeça e o cérebro da criança são significativamente menores do que os de outras crianças da mesma idade e sexo. Até o momento é incurável. Uma criança que desenvolve este problema, trás consequências não apenas para si, mas também, para os pais. A mesma pode apresentar ao longo da vida problemas físicos e mentais. No caso dos pais o diagnostico pode afetar psicologicamente, despertando medo, preocupação, tristeza e culpa. Isso tem colaborado de certa para o alto índice de abortos ilegais; segundo a OMS um milhão de abortos ilegais são feitos por ano no país, contribuindo assim para a morte de uma mulher a cada dois dias. Com base nos fatos mencionados é-se levado a acreditar que este problema nos faz pensar um pouco mais antes de planejar a chegada de um filho. Entretanto, não é necessário vetar-se desse desejo. É importante atentar-se à prevenção antes e durante a gravidez. Se a causa for genética é possível preveni-la, devendo-se fazer o aconselhamento genético antes de engravidar. Além disso, a melhor forma de prevenir não só a microcefalia, mas diversas outras doenças, é realizando o pré-natal durante a gestação; não utilizar medicamentos sem orientação médica, evitar contatos com o mosquito Aedes aegypti e pessoas com febre ou infecções. Desta forma, estaremos mais seguros, quanto à chegada deste filho tão esperado por muitos.