Muito se tem discutido sobre o crescente número de casos de microcefalia e a proliferação do vírus zika no Brasil. Desde o início de 2015, quando vários surtos da doença sugiram, especialistas da área da saúde tentaram desenvolver vacinas e tratamentos contra o vírus, porém, nenhum funcionou. Logo, observa-se a necessidade de o Governo criar mecanismos que evitem a infecção e auxiliem aqueles que já foram contaminados. Antes de mais nada, é preciso atentar para o impacto causado pela doença na vida da gestante. Segundo o portal de notícias G1, foi constatado um aumento significativo do número de casos de abandono de recém nascidos entre 2015 e 2016, principalmente o de bebês infectados pelo vírus zika. Somado a isso, a ONU e a OMS detectaram, no mesmo período, cerca de 15 casos mensais de mulheres que foram internadas no SUS por complicações durante a prática ilegal do aborto. Por outro lado, no ano passado, a FIOCRUZ recebeu mais investimentos do Ministério da Saúde para o desenvolvimento de uma vacina contra o vírus. A partir da circulação da notícia de que o Brasil estaria desenvolvendo uma cura para a microcefalia, agências de saúde do mundo inteiro enviaram seus especialistas para ajudar e ofereceram financiamento. Como resultado, houve um salto de conhecimento científico na pesquisa de doenças e parcerias firmadas com países como EUA e França. Fica evidente, portanto, que o aumento de casos de microcefalia no Brasil está ligado à falta de investimentos na área da saúde e à pouca infraestrutura para o desenvolvimento de vacinas. Nesse sentido, o Ministério da Saúde, em parceria com a OMS, deve promover investimentos nos centros de pesquisa brasileiros, de modo que seja criado um banco de vacinas de referência mundial ao combate de doenças endêmicas. Ademais, o Poder Legislativo deve formular uma lei que torne legal o aborto de fetos com má formação, bem como dos que portarem alguma deficiências que afete seu desenvolvimento cognitivo.