A microcefalia é uma das doenças que, recentemente, mais tem se destacado,no Brasil,sobretudo, em função do surto do Zika vírus, já que foi constado por especialistas de saúde a ligação entre a enfermidade e esse tipo de vírus. No entanto, a Organização Mundial de Saúde e autoridades médicas se dizem intrigadas pelo fato da microcefalia ter atingido mais o Brasil do que países em que o Zika mais se disseminou, demonstrando que essa anomalia pode ser desencadeada por diversos outros fatores, como a radiação, a genética ou a exposição a substâncias químicas. Em razão dessa complexidade de possíveis causas, visto que ainda não foi comprovado,cientificamente, o agente responsável pelo número alarmante dos casos de microcefalia, entende-se que a solução mais viável, no momento, em relação a essa doença, seria se atentar às consequências desse processo e não,somente, à prevenção. Contudo, com base no tratado militar "Arte da Guerra", a melhor defesa contra um inimigo é conhecê-lo e entendê-lo, com isso, posteriormente, seriam combatidos os impactos desencadeados. Sendo assim, vale ressaltar que a eminência do nascimento de um bebê com malformação ocasiona o abandono destes por parte dos pais ou o aborto dos menores, dois fatores que são, geralmente, justificados pela preocupação dos progenitores acerca das dificuldades que o indivíduo anômalo poderá vivenciar em virtude do comprometimento do desenvolvimento cognitivo deste. Além disso, a falta de interesse em cuidar de um humano afetado se deve, principalmente, pela falta de estrutura econômica individual para custear a assistência necessária, somada a carência de projetos promotores de bem-estar, em âmbito nacional, aos portadores de microcefalia. Destarte, depreende-se que, para a resolução ou amenização das consequências supracitadas, é imprescindível que o Ministério da Saúde implemente projetos de assistência médica gratuita, em escala nacional, aos microcéfalos cujos responsáveis não possuem condições financeiras aptas a pagar um plano de saúde específico. Ademais, é fundamental que empresas privadas da área de saúde desenvolva campanhas midiáticas com o intuito de conscientizar a população sobre os cuidados especiais que se deve ter com indivíduos afetados pela microcefalia, e de incentivar as famílias, a, por meio de apelos emocionais ou financiamentos, a não abandonarem um bebê microcéfalo, uma vez que ele possui direitos humanos como qualquer outra pessoa.