A atenção da Organização Mundial de Saúde em relação ao Brasil aumentou depois do surto de microcefalia no território.Atualmente, são realizadas inúmeras pesquisas com o objetivo de encontrar um tratamento para a doença, como vacina e soro. No entanto, o ideal seria unir os esforços em busca da cura ao debate a cerca dos seus efeitos na sociedade brasileira a fim de prever sequelas. Primeiramente, constata-se que a mulher é a maior vítima do problema. Apesar da imprecisão das causas, foi comprovada a ligação do Zika vírus com a microcefalia. O vetor do vírus é o Aedes Aegypti e esse se reproduz na água parada, inclusive, residências domiciliares. Uma vez que o papel feminino ainda é marcante nos afazeres do lar, a sociedade e o Estado repassam mais responsabilidade à donas de casa. Além disso, a epidemia chamou atenção para outra questão de saúde e de direitos da mulher: o aborto. O bebê microcefálico exige cuidados especiais e muitas brasileiras tem baixa renda mensal e pouco ou nenhum apoio familiar e do pai da criança. Logo, a legalização do aborto parcial ou total deve entrar para a mesa dos debates. Portanto, ao passo que procura-se um tratamento específico para microcefalia, medidas de controle devem ser tomadas. A equipe de comunicação do governo pode elaborar propagandas de combate ao mosquito que empodere a mulher. Ela deve saber que a responsabilidade é de todo mundo, filhos, família, vizinhos e marido. Além disso, é obrigação do Estado garantir apoio e respeito às gestantes. Por exemplo, a opinião das mulheres deve ser principal na decisão pela legalização do aborto. Ainda, o voto de deputadas poderia ter um maior peso em relação aos deputados, já que afeta restritivamente o gênero.