O filme “O Óleo de Lorenzo” mostra o sofrimento e a busca contínua pela cura por parte dos pais de uma criança com uma doença degenerativa. No Brasil, o aumento dos casos de microcefalia, além de significar desafios a serem enfrentados pelas famílias, também implica em maiores gastos do setor público. Dessa maneira, o cotidiano das crianças que possuem a doença e das pessoas que vivem com elas é instável. Há dificuldades financeiras, pois, por terem que abdicar o seu tempo para cuidar dos filhos, muitas mães não trabalham e a renda fica prejudicada; outras vivem com mais problemas ainda e precisam recorrer a terceiros para que ela e o bebê não passem fome, já que os pais das crianças abandonaram-nas. Porém, mesmo com a certeza de não haver cura, os momentos de evolução do desenvolvimento motor são vitórias na vivência dos pequenos. Assim, o Estado precisa garantir melhores condições de vida a esses indivíduos com o conseguinte aumento de gastos. De acordo com o jornal francês Le Monde, mais de 70% das famílias com casos de microcefalia vivem abaixo da linha da pobreza no Brasil, daí a importância de assegurar auxílios financeiros, incluir professores capacitados ao ensino às crianças com necessidades especiais e o atendimento médico eficiente pelo SUS. Portanto, é evidente que o surto de microcefalia no país, em virtude do Zika, trouxe diversos resultados de âmbito negativo. Dessa forma, a prevenção do vírus faz-se pertinente para que não ocorram mais complicações. Para isso, o Ministério da Saúde pode incentivar o estudo de vacinas nas universidades públicas com a destinação de dinheiro. Além disso, as campanhas contra o mosquito Aedes Aegypti devem continuar e o incremento de multas aos que deixam água parada e a devida fiscalização pelos agentes de saúde deve ocorrer.