Desde o Iluminismo e, posteriormente, a Revolução Francesa, acentuou-se um caráter participativo nas sociedades mundiais. No entanto, isso não se confirmou no Brasil no que diz respeito ao combate ao mosquito Aedes Aegypt, visto que os casos de Zika vírus aumentaram expressivamente no ultimo ano e, consequentemente, os bebês diagnosticados com microcefalia. Sob esses aspectos, convém analisarmos as principais consequências dessa doença para o país. Certamente, os principais afetados serão os familiares dessas crianças, pois terão de arcar com os custos de remédios e tratamentos. De acordo com dados publicados pela Revista Veja, as classes mais pobres reúnem 68% dos brasileiros. Assim, é possível afirmar que a maioria das famílias não tem condições financeiras para arcarem sozinhas com todos os custos necessários. Além disso, é imprescindível um apoio psicológico, principalmente às mães, devido à gravidade e à dificuldade de se lidar com essa deficiência. Consonante a isso, é necessário atentar-se para a questão da inclusão social das crianças que nasceram com microcefalia. A mídia dita diversos padrões de “perfeição” e quem está fora deles quase sempre é discriminado, mas as crianças não podem sofrer a vida inteira por uma doença que já nasceu com elas. Segundo o ator Paulo Autran, todo preconceito é fruto da ignorância. Dessa forma, só por intermédio da conscientização da população poderemos garantir um futuro digno a esses jovens. Portanto, medidas são necessárias para garantir o bem-estar das famílias prejudicadas por esse mal. É viável que o Governo Federal, em parceria com os municípios, crie um projeto que auxilie financeira e psicologicamente as famílias afetadas, com um valor fixo mensal e consultas gratuitas. Ademais, cabe ao Terceiro Setor a criação de programas sociais que estimulem a interação das crianças doentes com outras, por meio do esporte e da cultura, e a veiculação de campanhas contra o preconceito em todos os meios de comunicação. Afinal, como defendia Platão, o importante não é apenas viver, mas viver bem,