Na atual contemporaneidade, o Brasil vive sob a égide de uma democracia, a qual vem da Constituição promulgada em 1988. A partir desse pressuposto, inscrito em tal conjunto de leis encontra-se o artigo 6, o qual tem por função garantir, principalmente, o direito à saúde a todos os cidadãos. Entretanto, por meio da má articulação do Estado no viés da educação sanitária e pelo clima tropical brasileiro o aumento do número de casos de microcefalia advindos do Zika vírus preocupa os órgãos de saúde em todo o mundo. Primeiramente, é válido ressaltar que segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) o nosso país é o que mais apresenta casos de má formação congênita dos fetos causados pelo vírus. Esse fato deve-se, essencialmente, à grande proliferação do vetor (Aedes aegypti), o qual tem maior adaptação ao clima tropical nacional e aproveita da falta de conscientização da população periférica quanto à prevenção. Talvez não fosse ocioso lembrar que a microcefalia não tem cura e pode afetar profundamente a estrutura neurológica dos recém nascidos. Em consequência a esse fator, podemos observar um aumento das filas nos pronto atendimentos dos hospitais públicos, concomitantemente a uma maior ocorrência no número de casos de aborto e de mortalidade infantil. Tais problemas sociais ainda são mais dificultados pela imensa barreira que é o diagnóstico da doença, visto que ela apresenta sintomas bastante semelhantes aos da dengue. Enfim, para efetivação dos direitos sociais, principalmente a saúde, é fundamental uma política que se oriente pelo princípio da responsabilidade compartilhada dos atores sociais, como o Estado e a sociedade. Inicialmente, compete ao Poder Público a aplicação de políticas públicas que visem à minimização da ocorrência de casos de microcefalia no Brasil. Para tanto, é imprescindível que os investimentos no campo das pesquisas científicas e da educação sejam aprofundados. Esses passos podem ser efetivados por meio de estudos de como criar diagnósticos precisos e de se realizar tratamentos nas gestantes que apresentarem o Zika. também é necessário, em união com a sociedade, a promulgação de políticas preventivas, as quais podem ser realizadas por intermédio da sensibilização da população - como não jogar lixo nas ruas e manter os recipientes propícios ao acúmulo de água protegidos -. Assim, minimizaremos essa caótica epidemia.