Conforme o ministro da Saúde, após o nascimento, há um período de três anos para que se possa evitar maiores sintomas da doença no recém-nascido, e isso é bom. É a chance de se impedir que pessoas tenham problemas pelo resto da vida. Entretanto, é preciso considerar os casos que podem ser evitados e os que necessitarão de cuidados especiais. Primeiramente, muitas mães vivem em situações de risco. Nessa perspectiva, a disseminação do zika vírus, aliada à falta de controle sobre ele são os principais vilões. Isso posto, muitas grávidas em regiões afetadas pela doença não têm condições financeiras e conhecimento adequado para se protegerem. Apesar do elevado IDH brasileiro, a qualidade de vida não chegou a toda população. Dessa forma, nem todas têm acesso a repelentes, telas de proteção e acompanhamento médico eficiente. Estão, portanto, à mercê da própria sorte. Além disso, é preciso atentar para as crianças que já tem a doença. Para Nelson Mandela, negar os direitos humanos de uma pessoa é negar sua própria humanidade. Dito isso, as crianças afetadas pela microcefalia necessitam de todo o cuidado que um ser humano deve receber nos primeiros momentos de vida. Esses indivíduos, além de serem incluídos nas sociedade, precisarão de atenção psicossocial e, sobretudo, de um atendimento às mães, para que possam enfrentar os obstáculos que possam sobrepor-se em seus caminhos. Assim, é imprescindível a ação do Estado, da sociedade e da mídia na resolução do impasse. O legislativo deve criar leis que possibilitem a distribuição de informação e de ferramentas de combate, como mosquiteiros e repelentes. Assim também, o governo precisa fazer um maior repasse de verba em locais com sistema precário de saúde. Além disso, a mídia deve conscientizar a população, através de campanhas, sobre a inclusão dessas crianças no meio social. Por fim, a população deve se unir para dar apoio às mães e erradicar o zika do país.