É possível afirmar que um dos grandes desafios que permeia todo mundo e principal a sociedade cientifica é o aumento dos casos de microcefalia. Acredita-se que esse fato esteja correlacionado ao vírus Zika, transmitido pela picada do mosquito Aedes aegypti, uma vez que o Brasil e vários outros países encontram-se com surtos da doença. Tal realidade exige um maior empenho e seriedade das autoridades vigentes, haja vista as consequências e impactos que esse tipo de anomalia pode trazer aos indivíduos infectados e para as futuras gerações. A microcefalia também conhecida como nanocefalia caracteriza-se pela deficiência do crescimento do cérebro, tanto pela dimensão da caixa craniana, como pelo pequeno desenvolvimento do cérebro em si. O expressivo aumento de bebes nascidos com microcefalia, levou a realizações de estudos para saber suas possíveis causas e origens, já se sabe que esse fato está diretamente relacionado à transmissão congênita, ou seja, da mãe contaminada pelo Zika vírus. Nesse sentindo, enquanto as pesquisas não avançam a melhor ferramenta para combater esse mal é a prevenção, por meio do combate direto ao mosquito Aedes aegypti, aliado ao uso de repelentes e telas de proteção, dessa forma, evitando que novas pessoas e principalmente mulheres grávidas corram o risco de contrair a doença. Somando a isso, segundo dados do ministério da saúde há 2033 casos confirmados de microcefalia ligados ao vírus e 3055 em investigação, o que evidência a urgência na criação de medidas enérgicas para combater o vetor da doença, visto que essa patologia desencadeia uma série de consequências e impactos, como a deficiência intelectual, motora, psicológica e neurológico que tendem a aumentar com o crescimento da criança. Nesse sentido o amparo de profissionais desde o nascimento como na área de fisioterapia, fonoaudiologia, psicologia, psicoterapia, terapia ocupacional, são fundamentais para estimular o desenvolvimento, a independência e socialização durante a vida. O filosofo francês Émile Durkheim dizia que a sociedade pode ser comparada a um “corpo biológico” por ser, assim como esse, composta por partes que integram entre si. Desse modo é imprescindível a mobilização conjunta entre Estado e sociedade, uma vez que o primeiro tem o papel de estimular e financiar investimentos na área cientifica para o avanço das pesquisas, além custear os gastos financeiros para o amparo assistencialista dos doentes, com centros especializados hospitalares e educacionais voltados a essa área. Já a sociedade tem a função não só apenas de participar como agente fiscalizador, mas também no combate ao vetor, por meio de atitudes que impeçam a proliferação dos criadouros de ovos e larvas do mosquito, desse modo contribuindo para a proteção das futuras gerações.