Título da redação:

Microcefalia: Uma Epidemia em Potencial

Tema de redação: As consequências do aumento de casos de microcefalia no Brasil

Redação enviada em 17/10/2016

Durante a idade Média, a Europa sofreu com as mazelas proporcionadas pela peste bubônica. Registros indicam que um terço da população europeia foi assolada pela doença, ocasionando prejuízos tanto familiares quanto sociais. Hoje, no Brasil, ocorre um surto semelhante a esse que, embora de proporções muito menores, pode vir a se tornar um problema semelhante ao europeu: os crescentes casos de microcefalia, que segundo a Organização Mundial da Saúde, já somam mais de três mil ocorrências. Se a microcefalia ainda não pode ser equiparada em gravidade com a peste bubônica, no futuro, se não for controlada, possui elevada possibilidade, já que em países como o Brasil, de clima tropical e baixa conscientização da população, a reprodução do vetor da doença, o Aedes aegypti, é propiciada, o que acarreta em um maior número de casos. Como consequências, há um maior número de famílias afetadas e, caso o crescimento de infectados fosse exponencial, a economia do país estaria em risco, tendo em vista que boa parte de uma geração estaria inválida para o trabalho. Entretanto, não somente de problemas familiares e econômicos é construída a crise da microcefalia no Brasil. Um problema já antigo e controverso entra em destaque com a ascensão desta doença: o aborto, pois o crescente aumento do número de casos pode proporcionar a flexibilização da lei, assim como ocorre nos casos de anencefalia, em que o aborto é opcional. Com isso, vemos que o aumento do número de afetados pela microcefalia, se não controlado, pode vir afetar de maneira mais grave uma tríplice social: a população, a economia e as leis vigentes. Sendo assim, é de suma importância que o Departamento de Imprensa e Propaganda (DIP) invista em campanhas conscientizadoras, alertando a população sobre a importância da prevenção e eliminação de focos do mosquito. Além disso, é necessário que o Ministério da Saúde continue com o programa de visitas residenciais a locais com elevado índice de foco da doença e do mosquito, evitando, assim, não só a Microcefalia, mas também a Dengue. Por último, o governo deve flexibilizar a lei relacionada ao aborto para, desta forma, proporcionar o direito de escolha e um serviço de qualidade para a mulher afetada, que não vê outra opção senão o aborto clandestino. Com a aplicação de tais medidas, é provável que a Microcefalia não se torne a Peste Bubônica do século XXI.