Recentemente, o Brasil presenciou grande aumento nos casos de microcefalia. Entretanto, a sociedade não possui conhecimento ou instrução adequada para o tratamento dessas pessoas, visto que as entidades estatais apresentam infraestrutura deficitária e ainda, a população em geral não possui conhecimento sobre os cuidados especiais com essas pessoas. Desde o século XX, os casos de microcefalia já eram registrados, principalmente na região norte, e não recebiam a ênfase que deveriam. Já no começo de 2016, houve grande divulgação da mídia sobre o vírus, porém são relatos superficiais que não introduzem na sociedade instruções sobre como se portar ou se relacionar com um microcéfalo. De acordo com a Carta Capital, cerca de 85% dos pais com bebes suspeitos de microcefalia não possuíam instrução adequada ou não sabiam onde procurar a devida ajuda. Além disso, o SUS não oferece infraestrutura suficiente para tratar de todos casos no Brasil. Ainda assim, é evidente que devido a deficiente ação midiática e governamental a população não possui conhecimento suficientes sobre a doença, o que pode levar à um futuro preconceito. O sociólogo Zygmunt Bauman afirma que, no estágio atual da sociedade ainda há quem trata o diferente com preconceito; dessa maneira o microcéfalo pode ser encarado na sociedade brasileira. O jornal Estadão mostrou que, cerca de 92% dos deficientes intelectuais, não conseguem emprego devido ao preconceito, por conta da dificuldade no relacionamento com companheiros de trabalho. Destarte, nota-se que as ações para a inclusão de pessoas microcéfalas na sociedade devem ser tomadas rapidamente. O Governo Federal deve criar instituições que instruam os pais sobre como cuidar de filhos com microcefalia, e investir em institutos científicos com o objetivo de criar vacinas que possam ser utilizados pela mãe no início da gravidez para evitar o problema no feto. E ainda, a curto prazo é necessário que ONGs promovam o debate mais profundo sobre a descriminalização do aborto em casos de microcefalia.