O recente surto de microcefalia no Brasil, voltou a atenção ao Aedes aegypti, um velho conhecido da população. Vetor de algumas doenças, o inseto mostrou múltiplas faces e uma das mais recentes é a transmissão do Zika Vírus. Apesar de a microcefalia poder ter diversas causa, o aumento alarmante de sua incidência ocorreu paralelamente ao crescimento do número de infectados pela Zica, o que sugeriu uma relação entre as doenças, que posteriormente foi comprovada. Há muito tempo o combate ao Aedes aegypti é incentivado, devido aos males que a Dengue causa. Porém, aparentemente, a doença sem vacina e que pode levar à morte, não justificou grandes esforços da população no combate ao inseto, e foi necessário que novas ameaças surgissem para que o país entrasse em alerta. Ainda que comprovada a relação entre Zika e microcefalia, trata-se de algo recente na medicina. Até então, sabia-se da Zica mas não havia sido constatada essa relação, o que dificultou o entendimento do processo, agravando o problema e dificultando seu controle e tratamento. Além disso, o Vírus não possui vacina. O medo e a preocupação tomaram conta das gestantes e das pessoas que desejam ter filhos num futuro próximo. Mas as consequências a longo prazo são ainda mais graves, pois a microcefalia afeta o desenvolvimento cognitivo do indivíduo, e se o seu aumento continuar em ritmo acelerado haverá a formação de uma geração marcada pelos males atuais e que sofrerá por algo de inteira responsabilidade dos seus antecessores. Diante disso, os Governos estaduais e municipais devem estimular o combate do vetor do Zica vírus, por meio de campanhas maciças de conscientização da população e de visitas dos agentes de saúde que buscam possíveis focos do mosquito e os eliminam. Além disso, as pessoas cujas residências possuírem focos devem ser punidas. É necessário ainda, que o Ministério da Saúde dê suporte às famílias de microcéfalos, por meio de informação, assistência financeira e médica