Título da redação:

Aedes Aegypti: o vilão da década

Tema de redação: As consequências do aumento de casos de microcefalia no Brasil

Redação enviada em 17/10/2016

Desde a Segunda Guerra Mundial, na descoberta da penicilina, a área da saúde vem se expandindo diariamente em buscas de respostas para várias doenças. De lá para cá, há uma lista imensa com enfermidades assintomáticas e sintomáticas, uma delas, a tão recentemente comentada “microcefalia”. A doença, diferentemente da maioria causada por vírus, pode ser contraída por inúmeras razões: alcoolismo, exposição às substâncias químicas e radiação, infecção da gestante por doenças como rubéola ou catapora, entre outras. Porém, nos últimos anos um novo vilão, causador da diminuição do crânio excedendo o valor médio de 33 cm, foi encontrado, nada mais, nada menos que o Aedes Aegypti. O novo transmissor que já mantinha a população em alerta devido à dengue e febre amarela, agora tem sido ainda mais motivo de problematização na OMS. A Organização estabelece dados de crescimento exorbitante dos casos de microcefalia no país, mais precisamente na região Nordeste, onde há um saneamento básico ineficiente e menor garantia de saúde básica de qualidade. De fato, o número estabelecido pela Organização Mundial de Saúde é assustador e recai sob as mães que possam vir a passar por tal situação. Muitas delas discutem com o Estado até mesmo a possibilidade de abortos legalizados, com a suposta consciência de que estará fazendo a melhor escolha, sem se atentar ao principal direito humano: à vida; por medo, principalmente de lhes faltar o apoio estatal. Portanto, as consequências diante do caos estão a surgir, dentre elas, indagações ligadas ao aborto, como citado anteriormente, e visando a resolução do impasse são de suma importância o questionamento e a verificação inicial do problema, as causas. Aterros sanitários, controle biológico do mosquito, reforço do saneamento básico e do número de agentes de saúde passam a serem medidas indispensáveis. Além disso, faz-se necessária toda e qualquer ação de conscientização da população quanto aos métodos de prevenção à doença, com a disposição do SUS em orientação e encaminhamento para observação à risca das primeiras semanas de gravidez. Pois, uma sociedade que caminha de mãos dadas com seu Estado, tende a buscar sempre novos caminhos rumo ao progresso.