Para o filósofo René Descartes não existem métodos fáceis para resolver problemas difíceis. Diante do pensamento , cabe ressaltar, portanto, que as medidas até hoje usadas para solucionar as altas taxas de microcefalia foram ineficazes. Sendo assim, torna-se relevante como consequências da problematização a persistência de um sistema de saúde pública ineficaz e a rediscussão referente aos direitos reprodutivos e aborto no Brasil. É evidente que a falta de preparação e a falta de atitude do sistema de saúde perante a microcefalia no país é um problema. Prova real de tal afirmação, foi divulgada pela Organização Mundial de Saúde a qual revelou que os casos da deficiência são mais numerosos no Brasil. Por conseguinte, a pesquisa comprova-se quando se leva em consideração que o Sistema Único de Saúde não oferece ecografias e pré-natais gratuitos e ágeis para a resolução do problema, contribuindo ainda mais para o agravamento e perpetuação deste. Além disso, as elevadas taxas de deficiência trouxe a comprovação de que o aborto se faz necessário em ocasiões como essa. O médico pernambucano Olímpio Morais após acompanhar o sofrimento das mães vítimas do Zika vírus afirmou que o aborto por microcefalia é um direito da mulher. Desse modo, essa consequência é considerável enquanto faz necessária discussões de assuntos que careciam ser reavaliados no Brasil. Frente à saúde precária e rediscussão do aborto torna-se obrigatório a tomada de medidas. Primeiramente, pelas Organizações não Governamentais e o Ministério da Saúde os quais devem fornecer gratuitamente tratamento às crianças que apresentarem a patologia e exames para o diagnóstico desta, posteriormente, pelas mães atingidas pelo vírus que devem entrar na luta pelo direito de escolha de abortar ou não, por meio de manifestações, para que a liberdade da mulher seja respeitada e a saúde melhorada. Logo, com a realização de tal ações se formará um Brasil saudável.