Título da redação:

Aborto e Microcefalia

Tema de redação: As consequências do aumento de casos de microcefalia no Brasil

Redação enviada em 15/10/2016

Microcefalia é a redução, durante a gestação, do tamanho cerebral do bebê quando a gestante adquire algum distúrbio em sua saúde. No Brasil, o número de casos assim vem aumentando nos últimos anos, assolando boa parcela de nossa sociedade. Para compreender melhor esse assunto, é necessário investigar suas causas e consequências. Primeiramente, é fundamental ressaltar que a má-formação é ocasionada em bebês brasileiros, principalmente, pelo Zika Vírus. Existem episódios isolados em que o nascituro é afetado por conta de a mãe ser exposta a outras doenças ou radiação, todavia, tem-se que o maior número de casos está relacionado à síndrome causada pelo mosquito Aedes aegypti. Em nosso país, a incidência desse inseto é muito grande, corroborando com a pesquisa sobre a ocorrência de microcefalia divulgada pela OMS, a qual tem o Brasil no topo da lista. Além de tudo, os casos numerosos trazem, como consequência, o aumento da prática abortiva ilegal no país. De acordo com o IBGE, mais de 1 milhão de mulheres entre 18 e 50 anos já abortaram ilegalmente alguma vez na vida. Esse dado exorbitante vem sendo intensificado, atualmente, pois a maioria de gestantes que não tem condições econômicas para criar o filho com microcefalia, ou pensam que o mesmo não terá uma vida saudável no futuro, resolvem retirar o feto à força em clínicas clandestinas, as quais não são confiáveis e podem trazer diversos problemas à saúde da mulher. Logo, pode-se dizer que o progressivo aumento dos casos de microcefalia no Brasil é lastimável e consterna a sociedade em geral. Para sanar o impasse, o Ministério da Saúde deve investir ainda mais na busca pela vacina, financiando pesquisas sobre o vírus, bem como promover campanhas, em parceria com a mídia, informando, através de TV e Internet, os brasileiros sobre o Zika e seus perigos, atentando para modos de combatê-lo dentro dos lares e na comunidade. Por fim, ainda é papel do Ministério supracitado a criação de leis que legalizem o aborto em caso de gestante acometida pela doença, permitindo que a mãe estude a situação e escolha a melhor opção, de forma a evitar a busca por clínicas clandestinas.