Para Aristóteles, o homem é um ser social, mas atualmente, grupos estão, cada dia mais, deixando de socializar, se isolando e vivendo em bolhas, pois o aumento do número de condomínios fechados têm fazem a convivência se torna restrita a grupos com as mesmas características. Além disso, as redes sociais são programadas para mostrar só publicações que agradem cada usuário. Primeiramente, o aumento no número de condomínios fechados leva a população a conviver sempre com as mesmas características sociais agravando a intolerância. Ao procurar maior segurança, os cidadãos procuram morar em condomínios fechados gerando isolamento social e intolerância, já que quem vive em um mesmo empreendimento tem o mesmo nível de renda e estilo de vida. Isso foi mostrado na novela infantil As Aventuras de Poliana, em que uma menina rica que só convivia com pessoas do mesmo grupo social dela se depara com uma colega pobre que mora na periferia e se mostra preconceituosa e cruel, mostrando a existência de uma polarização socioeconômica e dificuldade de sentir empatia. Junto a isso, as redes sociais só mostram as informações agradáveis aos usuários, formando assim uma bolha. Para que o internauta fique cada vez mais utilizando as redes sociais, as empresas que as programam usam algoritmos que disponibilizam a ele somente aquilo que o agrada e quando algo passa e destoa do seu pensamento gera desconforto e muitas vezes atritos. Isso somado a facilidade de fazer e desfazer amizades existente nas redes sociais, leva ao aumento de dificuldade de lidar com a diversidade e com opiniões diferentes, ocasionando bolhas sociais e intolerância dentro e fora da internet. Como se vê, o Brasil vive, cada dia mais, separado em bolhas sociais. Para que elas diminuam é necessário que o Ministério da Educação crie um programa de bolsas para crianças e jovens carentes em escolas particulares, para que aumente a diversidade socioeconômica no ensino particular e consequentemente a tolerância e diminua as bolhas entre os jovens. Além disso, é preciso que os meios de comunicação em massa faça campanhas contra a intolerância nas redes sociais, para que se aprofunde os debates sobre o tema e os usuários se tornem mais compreensivos e saibam conviver com pessoas de pensamentos distintos.