A intolerância aos diferentes posicionamentos ideológicos já geraram no mundo muita violência, em especial: a guerra fria, conflito que durou de 1945 a 1989 com a queda do muro de Berlim, símbolo principal da divergência de pensamentos, ou seja, da separação entre mundo capitalista e mundo socialista. Atualmente, o globo ainda está dividido, mas agora em muitas outras bolhas sociais, logo, o Brasil também é um alvo. Com o advento da internet, cada indivíduo com seu celular está inserido em uma bolha social, dentro dela somente pensamentos dos pertencentes são os corretos, o restante é motivo de ódio. Com isso, as bolhas sociais levam a duas consequências principais: a intolerância a opinião do outro e a violência contra o desconhecido. De acordo com o site Leonardo Lopes, as redes sociais que os brasileiros estão inseridos são as precursoras em desenvolver as bolhas sociais, pois segundo o site, elas monitoram as ações dos usuários e selecionam o que aparece nas suas timelines, ou seja, tudo o que o internauta vê/lê é fruto da sua raiz ideológica. Dessa forma, o que aparece de “diferente” é tratado com desprezo e muitas vezes julgado como errado, o que gera intolerância. A maioria das pessoas não aceitam ouvir opiniões distintas, por isso, ditados como “política e religião não se discute” são tão difundidos entre os brasileiros, ou seja, o fato de ouvir a opinião do outro já é fator de discussões e desavenças. Além disso, o fato de agir com intolerância leva muitas vezes a um fim mais trágico: a violência. O Brasil já é um país com índices de violência altíssimos, o que torna as bolhas sociais mais um problema a ser solucionado pela nação. De acordo com um psicanalista do site G1, as bolhas sociais validam o ódio as pessoas, logo, atos contra a vida de uma pessoa se tornam válidos. A vista disso, muitos casos de violência são relatados no país todos os dias, como por exemplo, o caso da socióloga Marielle Franco, que foi morta por defender suas crenças e seus posicionamentos políticos. Portanto, medidas são necessárias para combater os impasses, ou seja, acabar com a intolerância e a violência que ocorrem através das bolhas sociais. Para isso, é preciso a ação de políticas públicas que acabem com os círculos sociais criados pelas redes, através da ajuda de estudantes de cursos voltados a área da computação, que desenvolvam algoritmos capazes de selecionar opiniões divergentes das do usuário, através da exposição de sites confiáveis na timeline do internauta, assim os casos de intolerância serão bem menores, pois as pessoas já terão contato diário com diversas opiniões. Além disso, todas as instâncias da polícia brasileira, deve combater os casos de violência com vigor. Ademais, o ministério das comunicações deverá promover nas escolas e nos meios de comunicação, campanhas e palestras contra as bolhas sociais e sobre respeito e altruísmo. Desta maneira o Brasil será um país mais livre dos preconceitos gerados por estes pensamentos em caixinhas.