As bolhas sociais estão presentes desde a inserção do individuo na sociedade, logo na pré escola, quando as crianças começam a criar grupos com pessoas que compartilham dos mesmos interesses ou características que ela, ao criar esse grupo acaba por se restringir a uma realidade só, já que, ao se manter em tal ambiente ela se preserva em sua zona de conforto. Isso pode resultar em ignorância e intolerância. No conto “Aqueles que se afastam de Omelas”, escrito por Ursula Le Gui, é retratada uma bolha social, onde os moradores de “Omelas” levam vidas felizes e fartas, mas em um lugar subterrâneo, sujo e escuro vive um párvulo, que sofre as consequências da ignorância gerada pela bolha social no convívio social dos demais moradores, pessoas as quais que acreditam que não há nada além de felicidade, portanto, ignoram, ou nem chegam a conhece-lo. De acordo com Jean jacques Rousseau “ o homem nasce livre, mas por toda parte se encontra acorrentado”, ao crescer e se ver em um meio onde não se é questionado gera um “acorrentamento” ás mesmas visões, resultando, em alguns casos, na perda de liberdade do individuo, um exemplo disso, é o cativo do conto anteriormente citado, isso ocorreu pois ele não conhece outra perspectiva de vida, da mesma maneira, os moradores não se preocupam em ajuda-lo ou descobrir novas maneiras de viver , já que se encontram em vidas confortáveis. Esta realidade é muito presente no Brasil atual, as pessoas se preocupam com se manterem rodeadas com o que/quem não as confrontam, seja politicamente com “politica não se discute”, ou com o escudo de “ esta é minha opinião”, deixando assim de apreciar novos fatos. Diante o conflito deve ser tomada medidas de fundir ideias para que assim todos sejam atendidos, a promoção de conversas entre grupos divergentes em escolas é um meio de diminuir tais bolhas, pois, dessa maneira, os jovens podem aprender a ouvir outras ideias e absorve-las da melhor forma possível, estas conversas/dinâmicas poderiam ser promovidas pelo Ministério da Educação ao serem adicionadas nas grades escolares, visto que os jovens de hoje são os adultos de amanhã.