Funcionando como a primeira Lei de Newton, a Lei da Inércia, a qual afirma que o corpo tende a permanecer em seu movimento até que uma força suficiente atue sobre ele mudando o seu percurso, as bolhas sociais têm mantido constantes seus efeitos nocivos na sociedade brasileira. Com isso, é necessário que haja uma força capaz de alterar o trajeto dessa problemática que tem conduzido jovens ao suicídio e contribuído para os discursos de ódio no meio virtual. Em primeira análise, cabe pontuar que é cada vez crescente o número de jovens que sucumbem ao isolamento social e tiram a própria vida na busca pela aceitação nunca almejada. Comprova-se isso pelos dados do Mapa da Violência 2017, que afirma que em doze anos o total de suicídios entre jovens têm tido crescimento constante. Dessa forma, vê-se uma juventude necessitada de afeto e convívio social. Ademais, convém frisar que a intolerância é também um dos frutos das bolhas sociais. Isso porque a falta de contato com opiniões divergentes resultam na não aceitação do que é contrário a si. Assim, é notório o aumento dos crimes cibernéticos e de injúrias cometidos através das redes sociais. Portanto, fica evidente a necessidade de medidas para alterar este percurso. Assim, seria interessante que houvesse ações de socialização e integração nas escolas públicas e privadas, por intermédio de feiras temáticas e outros eventos que teriam por finalidade socializar os jovens e debater a questão do suicídio. Igualmente, seria importante que o Governo passasse a fiscalizar e punir as postagens virtuais que tenham cunho de ódio. Só assim será possível exercer a força descrita por Newton que mudará as consequências que as bolhas sociais acarretaram.