Funcionando conforme a primeira lei de Newton, a lei da Inercia, onde afirma que “um corpo tende a permanecer em movimento, até que uma força aja sobre ele, mudando-o de percurso”, a comunidade brasileira enfrenta situações desanimadoras, isso por causa da presença de bolhas sociais, as quais percorrem um caminho alarmante em direção à extrema intolerância de opiniões. Com isso, ao invés de funcionar como a força suficiente para mudar o trajeto da persistência à extinção, a influência da internet e dos influenciadores digitais na sociedade contemporânea colabora com o cenário atual. De acordo com uma pesquisa feita pelo comitê Gestor de Internet no Brasil (CGI), oitenta por cento da população brasileira, entre nove e dezessete anos, utiliza internet, logo, o seu poder de indução é imensurável. Sabendo disso, sites de pesquisa e redes sociais conectam-se com os interesses de seus usuários, fazendo-os ver somente aquilo que os convêm e os leva a construir uma cúpula de ideias, sem direito a contradições, gerando uma limitação na busca pela diversidade de informação e contribuindo, assim, com o movimento rumo à intolerância. Ligado a isso, os influenciadores digitais, hodiernamente, estão sendo considerados verdadeiros formadores de opinião, pois seus fãs seguem seus exemplos e costumam aderir tudo que seus ídolos transmitem. Porém, esse fator tem se tornado preocupante, porque muitos “influencers” não prezam pela boa conduta de seu público, como o descaso de lutar por uma causa que não são deles, e, consequentemente, encontramos jovens fechados a novos ideais e valores. Dessa forma, é inevitável a permanência da rota do problema em questão. É notória, portanto, a necessidade de uma tomada de medidas que realizem uma mudança de percurso. Cabe ao MEC a criação de projetos reais em escolas de nível fundamental e médio que trabalhem no aconselhamento de jovens e adolescentes ao uso consciente da internet, visando aumentar o interesse pela busca de variedades de informação. E as principais plataformas digitais devem educar seus usuários, através da pré-instrução de seus influenciadores e de posts dos mesmos, a buscarem não se reter a opiniões de terceiros, mas formarem seus próprios pensamentos através da busca de conhecimento e aceitar a opinião do próximo, pois, como afirma o filosofo Immanuel Kant, “o homem é aquilo que a educação faz dele”. Só assim, esse poder influenciador da internet e dos “influencers” funcionará como a força descrita por Newton e mudará o percurso da persistência à extinção.