Segundo Zygmunt Bauman, a pós-modernidade, época atual, é marcada predominantemente pela liquidez dos fatos. Consequentemente, há um alastramento de “fake news” em decorrência da facilidade que uma informação pode ser moldada. Assim, quando se pensa na navegação em rede, no Brasil, percebe-se que muitos indivíduos utilizam um filtro que funciona como uma “bolha social”, que lhes impedem de diferenciar o que é falso ou verdadeiro. É notório que as redes socias intensificam esse processo de segregação de notícias. Afinal, curtidas e comentários criam um padrão em relação ao que cada um quer ver, por isso a resistência para conviver com tribos sociais que apresentam interesses e gostos contrários. Dessa maneira, a ação de estar exposto a informações isoladas produz como reação indivíduos com uma única visão de mundo, mostrando a aplicabilidade da Terceira Lei de Newton no campo social. Sob este ponto vista, o jornal Nexo publicou uma matéria no qual 3 cientistas políticos conseguiram comprovar a interferência direta do Facebook na vitória do presidente norte-americano Donald Trump. Nesse sentido, algumas empresas de algoritmos controlavam a publicação de informações positivas a respeito do candidato, o que o fez ganhar muitos eleitores. Desse modo, fica evidente a indispensabilidade de analisar uma notícia a partir de várias perspectivas. Urge, portanto, a necessidade de “estourar” a bolha social do qual se adquire conhecimento. Logo, cabe aos consagrados veículos midiáticos educar as pessoas para que elas possam diferenciar uma notícia responsável de cunho jornalista de uma outra notícia que serve de interesse a grupos políticos e econômicos, e isso pode ser feito mostrando que as “fake news” são uma realidade, mas por meio da consulta de mais de uma fonte de informação elas podem ser facilmente percebidas. Como efeito, a visão unilateral proveniente de uma “bolha social” será desfeita.