Com o advento da Terceira Revolução Industrial, muitos avanços foram alcançados, principalmente no que tange ao desenvolvimento tecnológico informacional. Entretanto, essas mudanças também facilitaram o isolamento dos indivíduos em grupos restritos a visões de mundo específicas, configurando as denominadas bolhas sociais, cujas implicações no Brasil devem ser analisadas. Inicialmente, é importante observar a propensão do homem em agrupar-se com outros, tendo como base pensamentos e interesses em comum, e como a contemporaneidade tem afetado esse aspecto. Sob tal ótica, o Instituto de Tecnologia de Massachusetts fez uma pesquisa, através da qual demonstrou a potencialização dessa tendência humana pelas redes sociais. Logo, percebe-se que, embora envolva características naturais do indivíduo, o fenômeno das bolhas sociais tem ganhado novos contornos em decorrência do contexto atual, de modo que não pode ser negligenciado enquanto problemática a ser enfrentada pelo país. Ademais, as consequências relacionadas à questão também devem ser entendidas. Segundo o sociólogo Émile Durkheim, a ação do cidadão depende do conhecimento que ele possui acerca do contexto no qual está inserido. Nesse sentido, concepções de mundo reduzidas e informações limitadas a opiniões já preestabelecidas dificultam a atuação do corpo social e possibilitam que preconceitos sejam reafirmados. Medidas, portanto, são necessárias para mitigar o impasse. Tendo em vista o posicionamento Durkheimiano quanto à importância da escola no entendimento da realidade, o Governo Federal, por meio do Ministério da Educação, deve desenvolver projetos, a serem realizados nas aulas de informática e nos quais alunos tenham acesso a fóruns virtuais de discussão (mediados por professores). Espera-se com isso, estimular o surgimento de uma geração mais crítica e menos cerceada.