No contexto social brasileiro são relevantes discussões acerca da problemática das bolhas sociais devido ao seu impacto negativo, pela sua ligação com a discriminação e isolamento social. Nesse sentido, percebe-se que esse tema ilustra o cenário atual de relacionamento entre diferentes grupos. Sendo assim, deve-se analisar como a mentalidade social e os meios de comunicação contribuem para a cristalização desse fato. Primeiramente, é inegável que o pensamento limitado esteja entre as causas do problema. Segundo o sociólogo Durkheim, o fato social é uma maneira coletiva de agir e de pensar, dotado de exterioridade, generalidade e coercitividade. De maneira análoga, é possível perceber a intolerância como uma das consequências dessa limitação na sociedade, uma vez que tais grupos não permitem , em muitos casos, debates contrários. Assim, é imprescindível medidas que respeitem as diferenças. Além disso, nota-se, ainda, que as redes sociais também atuam na manutenção do impasse. Isso porque, a internet é um importante meio de circulação de informações com diferentes usuários que, infelizmente, é usada como ferramenta que dissemina discursos inflexíveis e segregacionistas. De acordo com os estudiosos Marx e Angels, o papel da ideologia é o de naturalizar situações socialmente construídas. Destarte, compreende-se que a sociedade se divide em concepções detentoras da "verdade absoluta" e que levam esses conceitos para o ambiente virtual que, em algumas vezes, estão carregados de preconceito, racismo e xenofobia. Torna-se evidente, portanto, que a intolerância é a principal consequência das bolhas sociais. Em razão disso, o Ministério Público, em parceria com as emissoras abertas de televisão deve aplicar campanhas de abrangência nacional que informem a sociedade e evidenciem o respeito as diversidades. Ademais, o Ministério da Educação deve tornar obrigatório, na carga horária escolar, o ensino de Ética e Moral, bem como o de normas e princípios que devem ser cumpridos nas redes sociais, com o intuito de formar cidadãos que respeitem a pluralidade do Brasil. Assim, a sociedade gradativamente alcançará a ordem e o progresso que carrega em sua bandeira.