Título da redação:

Redação sem título.

Tema de redação: As consequências das bolhas sociais no Brasil contemporâneo

Redação enviada em 01/07/2018

No filme “O menino do pijama listrado”, ambientado na época da 2ª Guerra Mundial, retrata-se uma problemática antiga que vem perdurando ao longo dos anos também no Brasil: a bolha social. Centrados em um mundo quimérico, os indivíduos tendem a se aglutinar com outros de mesma base ideária, como forma de se proteger. Entretanto, tal ato tem o efeito de alimentar comportamentos carregados de desconhecimento e intolerância, que precisam ser mudados. Em primeira instância, os círculos sociais são capazes de manter o homem na ignorância. O fato de possibilitarem o fechamento do ser à debates de ideias e aceitação de opiniões divergentes, impede a formulação de novos saberes, uma vez que o “fazer ciência” não é composto de verdades absolutas. Assim, de acordo com o método cientifico, a veracidade dos fenômenos ocorre pela contestação e, quiçá, inconsistência das hipóteses, o que difere sobremaneira do pensamento introverso. Do mesmo modo, cabe pontuar a intolerância como outra consequência desse tipo de isolamento da sociedade. Inserido na teoria do fato social durkheimiano, os sujeitos se vêem obrigados a seguir as regras impostas pelo um grupo ao qual pertencem, sob o risco de serem marginalizados ou penalizados de alguma forma, coagindo-os a permanecerem unidos. Destarte, o embate de convicções distintas resulta em trocas de farpas violentas e desrespeitosas sobre diversas questões, entre elas as raciais, étnicas, políticas e religiosas. Fica claro, portanto, que essas vesículas cheias de presunção e intransigência precisam ser estouradas. Assim, a escola em parceira com a família pode promover diálogos mediados para a construção de um entendimento holística acerca do mundo. As telenovelas também têm um grande papel de conscientização ao representar o tema. O governo, por sua vez, pode efetivar a prática da Constituição Brasileira, agindo com as mídias sociais, no que tange à punição de pessoas que infringirem os direitos de outrem por meio de discursos de ódio. Posto isso, os horrores do exclusivismo ficariam dramatizados apenas em uma ficção do pretérito.