O Homo sapiens é a espécie do ser humano, o qual significa “ser pensante, sábio” que possui uma complexa capacidade neurológica para raciocinar e pensar. No entanto, na sociedade contemporânea, com a inserção da tecnologia e suas redes sociais no cotidiano dos seres humanos, restringiu a capacidade de refletir diante quaisquer assuntos e aglomerou grupos socialmente virtuais. Sabe-se que, com o advento das redes sociais, a população está imersa a era da informação em milésimos de segundos, sem ter a necessidade de ir apurar os fatos. Essa atitude, não respalda a famosa frase: “Penso, logo existo” do filósofo René Descartes, a qual afirma a capacidade do ser humano em refletir, duvidar do que é imposto antes de chegar a uma conclusão. Dessa forma, vive-se uma sociedade, na qual os seres humanos estão presos alienados em suas bolhas sociais restritas a pensamentos e reflexões singulares que os restringem da liberdade de duvidar, refletir e ir em busca de um conhecimento sensato. Simultaneamente, a população brasileira perdeu sua capacidade de senso crítico e de discernimento, por conseguinte há muita intolerância e falta de um convívio harmônico na sociedade. Na visão do Sociólogo Zygmunt Bauman, vive-se uma modernidade líquida, na qual as relações sociais são volúveis e efêmeras. Sendo assim, a arte de conviver com a contrariedade tornou-se um desafio para muitos que não concordam com opiniões distintas, assim, o Brasil se define como um lugar intolerante, impróprio para um convívio harmonioso. É evidente, portanto, que a principal forma de correção para as consequências das bolhas sociais é por meio da educação da nação brasileira. A escola, por sua vez possui o importante papel em preparar e formar, desde a base, futuros cidadãos para o atual engajamento social. Isso seria viável através da obrigatoriedade de aulas de Filosofia e Sociologia, desde o Ensino Fundamental, a fim de criar nos alunos uma capacidade crítica, para que possam evoluir mentalmente, ter a liberdade de refletir e buscar conhecimentos aprimorados, dessa maneira, não sendo vulneráveis as bolhas sociais. Assim, progressivamente, o indivíduo faz jus a própria espécie Homo sapiens, como sendo um cidadão pensante, do bem e mais coletivo para toda a sociedade, evitando também a intolerância e aumentando o discernimento dos cidadãos.