O mundo globalizado traz, consigo, a criação de bolhas sociais, as quais o Brasil faz parte, sendo influenciado pela hegemonia cultural europeia e norte americana. Isso acarreta, então, sérias consequências ao país e seus cidadãos: a perda de liberdade individual e a criação de uma sociedade de consumo. É indubitável que a criação de bolhas sociais acarrete a perda da liberdade individual, uma vez que, para a adequação ao grupo, o indivíduo tem seus comportamentos moldados e ditados por ideologias – padrões sociais. De acordo com Marx, a ideologia é a criação de uma falácia que busca provocar um padrão de comportamento à massa, beneficiando seu criador. Logo, esses padrões propõem uma sociedade criada a partir da manipulação das grandes bolhas, com comportamentos previsíveis e com uma visão unilateral do mundo. Prova do fato é a educação brasileira, na qual disciplina de história não apresenta de forma abrangente a história do mundo oriental, moldado por uma cultura eurocêntrica. Por conseguinte, essas bolhas trazem como consequência um consumismo exacerbado, influenciados por padrões americanos e europeus. Gera-se, então, uma busca incessante por “esta na moda”, enquadrar-se no padrão e vestir marcas famosas. Esse processo é evidenciado em vídeos muito circulados pela mídia em 2018, nos quais há a apresentação de “outfits” – vestimentas – do entrevistado, abordando o valor de cada peça, propondo o exibicionismo de roupas caras, chegando a valores como R$ 30.00,00. É perceptível, dessa forma, as consequências que as bolhas sociais acarretam ao Brasil. Portanto, é necessário que o Ministério da Cultura, aliado à mídia, proponha editais culturais, relacionado à promoção da cultura alternativa, para grupos nacionais de arte e de entretenimento, com intuito de oferecer, para sociedade, algo além da moda imposta. Assim, ampliar-se-á a variedade do conteúdo consumido nas vinculadoras de informação e o incentivo à busca do novo. Além de retirar a massa de um novo show de Truman, propondo a ruptura da submissão do indivíduo às bolhas sociais, e, por fim, atingir a liberdade.