Já não é de hoje a sensação de estar separado, individualizado de um mundo ao redor. Em plena Roma antiga, os patrícios alteravam as noticias dos jornais locais da cidade para criar intolerância contra outros povos. Hoje, com o avanço da tecnologia e o interesse das empresas em deixar seus serviços com "a cara do consumidor" o efeito bolha social se faz presente, onde a venda de informações do usufruidor faz com que ele veja somente o que lhe interessa, e isso tem gerado o mesmo resultado da roma antiga: Intolerância ao contraditório. Vejamos os recentes processos ao Facebook e a Cambridge Analytica. Em abril de 2018, o Facebook foi processado, junto com a Cambridge Analytica, por ter coletado e vendido dados de 50 milhões de usuários para o favorecimento da campanha de Donald Trump. E isso, segundo reportagens da rede CNN, gerou intolerância de 87% dos eleitores de Trump a os simpatizantes de Hillary Clinton. Por conseguinte, expressões como: "Em que mundo essa pessoa vive?", "como ela não sabe disso?", são frases bem comuns as pessoas que estão em uma bolha, onde se sentem separadas, individualizadas do mundo ao redor e não entendem que o mundo é complexo. Portanto, uma das consequências desse fenômeno é principalmente a não aceiteção ao contraditório e a interferência na opinião pessoal do individuo. Outrossim, o Facebook, Instagram, Youtube utilizam algoritmos que coletam os dados do individuo e ,a partir dai, o desfrutador do serviço irá ver somente o que lhe interessa. Isso parece uma boa ideia, entrerando, isso tem gerado em algumas partes do Brasil vários efeitos bolhas sociais, uma delas é pró-intervenção militar que tem arrastado multidões às ruas solicitando à volta dos mesmos. Em 2016, segundo noticias publicados pelo portal de noticias G1, um grupo pró-intervenção invadiu a câmara dos deputados deixando claro que algoritmos levam pessoas comuns a chegar até mesmo a atos extremos, como a invasão câmara. Em suma, esse fenômeno tem gerado em milhões de pessoas a interferência em suas opiniões, atitudes extremas, favorecimento na eleição de candidatos. Por isso, deve ser criada uma lei chamada de "Proteção aos usuários da internet" onde cada site irá se responsabilizar por não colocar o algoritmo responsável por esse serviço. A proposta da lei poder ser feita pelos senadores, deputados federais ou até pelo povo, desde que seja 1% do eleitorado nacional. Após todos a trâmites constitucionais, basta a aprovação no senado e, a partir de então o efeito bolha irá ter uma significativa diminuição.