Facebook, google, youtube são exemplos de plataformas digitais que utilizam algoritmos para selecionarem conteúdos com base em supostos gostos do internauta. Embora, criou-se esse mecanismo para facilitar a navegação pela internet, ele ocasionou a limitação de acesso aos assuntos considerados divergentes dos daqueles baseados na probabilidade de aceitação do usuário. Dessa maneira, essa privação digital gera para o indivíduo uma zona de conforto na rede mundial de computadores, onde tudo o que se apresenta para ele é uma projeção dos gostos e da forma de pensar dele. Consequentemente, resulta-se num mundo particular no qual o “diferente” é rejeitado ou inexistente. Assim, a exclusão do contrário influi na sectarização da sociedade, pois a intolerância ao oposto será exagerada, já que não foi comum nem conhecida pelo sujeito da Era Eletrônica. Ademais, segundo o filósofo Mário Sérgio Cortella, só existe sociedade igualitária onde há o convívio com as diferenças. Com esse pensamento, o autor evidencia que é necessário à civilização o contato com ideias, posicionamentos e pessoas antagônicos de forma harmoniosa, para que se tenha a igualdade entre os cidadãos. Do contrário, haverá o acirramento do discurso de ódio entre os grupos sociais, o que leva à completa intolerância. Logo, tem-se na convivência e no respeito o combate às “bolhas sociais”. A internet ocasiona o surgimento de núcleos limitados de conhecimento, através dos algoritmos, para as pessoas. Mediante a isso, é preciso que o Governo Federal implemente a obrigatoriedade do ensino de filosofia e sociologia no ensino médio, por meio do Ministério da Educação, a fim de tornar os cidadãos críticos, conscientes e autônomos em relação a esse mecanismo informacional. Desse modo, tem-se indivíduos aptos para respeitar as diferenças.