Com os novos meios de integração global, advindos da Globalização, como as rede sociais, Facebook, Instagram, Whatsapp etc. a forma do ser humano se comunicar mudou drasticamente. No Brasil contemporâneo, ocorre a polarização política, que é um dos exemplos de como a revolução comunicativa, pós anos 90, conseguiu alinhar as pessoas por seus interesses, criando assim bolhas sociais. À luz disso, esse fato social precisa ser melhor analisado, e suas consequências negativas que incluem: o afastamento, o ódio, o binarismo ideológico, a ignorância sócio-política etc. precisam ser sanadas. Em primeiro plano, a polarização política, que é uma consequência das bolhas sociais, é um fato social que nos distancia de nossa condição humana e consegue ser o meio ao qual aflora o ódio entre a própria população. A sociedade brasileira, no ano de 2018, vive uma dicotomia política marcada pela divisão entre a esquerda e a direita. Entretanto, embora o livre posicionamento político seja algo defendido em nossa república, principalmente pelo fato de nos inspirarmos nos ideais Iluministas do século XIII, ainda ocorre casos de agressão física e verbal entre os que se posicionam em lados ideológicos opostos. Conseguintemente, aqueles que têm a mesma posição política se ajuntam em grupos, muitas vezes virtuais, para se comunicarem e propagarem seus ideais contra o outro lado da população que tem ideias diferentes, mas que também faz o mesmo. Outrossim, a teoria do fato social, de Émile Durkheim, confirma como essa divisão entre grupos e o bombardeio ideológico que esses sofrem pelos seus lideres transforma as pessoas de uma sociedade menos criticas e os pensamentos mais binários. A ideia do binarismo intelectual diz respeito ao fato de que para um grupo uma ideia está ou não está certa, mas nunca, quando tal ideia for considerada "errada", deve ser debatida ou criticamente analisada. Sendo assim, pessoas que se posicionam na direita, por exemplo, não podem ser a favor da reforma agrária. A polarização política, citada anteriormente, se tornou um fato social fortificando assim comportamentos cada vez mais: ignorantes, segregacionista e alienatórios. Portanto, levando em consideração o fato de que os indivíduos que compõem uma determinada bolha social são articulados e inseridos nestas pelas mesmas redes sociais citadas na introdução, medidas devem ser tomadas pelos donos dessas redes ou até mesmo pelo governo. Ocorre que os meio de comunicação, no contexto atual, são os tecidos onde se estampam as informações, doutrinas políticas e discursos de ódio. Diante disso, é necessário que empresas como: Facebook e Youtube, mudem a sua forma de dispor e sugerir conteúdo, uma vez que os logaritmos, que são as ferramentas do próprio servidor responsáveis pela sugestão de conteúdos e propagandas, são programados por seres humanos. Ademais, essas impressas devem trabalhar em conjunto com o Ministério da Comunicação (MC), que apesar de já instinto deverá ser reaberto, fazendo com esse órgão do governo campanhas que liguem as informações e os vídeos a sugestões de conteúdo que apresentam ideias contrárias ou complementares. Indo além, seria de bom proveito para a população a criação de espaços nas mídias abertas, como a televisão e o rádio, para o debate e a exposição passiva de ideias diversas, divergentes e convergentes. Assim como já existe em países da Europa, deve haver aqui a criação de uma nova mídia que busque criticar e formar opiniões fundamentadas e consistentes a respeito dos fenômenos, científicos, políticos e sociais.