A prática de biopirataria no Brasil não é algo recente, ela ocorre desde o seu descobrimento, diversas plantas e animais sofreram e sofrem com esse crime. Uma das primeiras vítimas de nossa história foi o pau-brasil, levada pelo Portugueses após notarem que os indígenas a usavam como corante. Um dos grandes reflexos dessa prática é a apropriação de espécies de nossa fauna e flora por outros países. Estudos já mostraram que algumas fragrâncias de perfumes importados surgiram através do roubo de plantas encontradas na floresta Amazônia. Muitas vezes a falta de centros de pesquisa nos impede de descobrir e patentear tais patrimônios antes que casos assim aconteçam. Dando sequência é importante ressaltar os problemas enfrentados em relação as fronteiras brasileiras, como a complicada tarefa de supervisionar toda sua extensão. Mesmo possuindo alguns dos grupos militares mais bem treinados do mundo, isso não se mostra suficiente, uma vez que não é difícil encontrar casos de contrabandos de plantas e animais, citando por exemplo o caso de uma sucuri branca, espécie rara da Amazônia brasileira, patenteada como sendo norte americana, através da biopirataria. Urge, portanto, que o governo invista em inteligência em suas fronteiras, inserindo e melhorando sistemas de monitoramento via satélite por exemplo, afim de identificar pontos com altas taxas de contrabando e tornar mais eficaz o patrulhamento e controle dos agentes militares. É também de suma importância, o investimento na construção de polos tecnológico, que além de formar novos profissionais, iram revelar descobertas através de pesquisas e nos possibilitar patentear o que já é nosso, com isso, daqui alguns anos podemos vir a ter ainda mais riquezas naturais para nos orgulhar.