Como o próprio hino nacional do país declara, o Brasil é gigante pela própria natureza. Basta olhar para os grandes biomas que o engloba e perceber o quanto ele é rico em sua biodiversidade . Entretanto, a biopirataria é um empecilho para a manutenção dessa riqueza natural e, cada vez mais, faz-se presente no território brasileiro . Não bastasse, junto a ela podem ocorrer a extinção de espécies e o prejudicamento às pesquisas medicinais relacionadas aos fitoterápicos. Em primeira instância, vale lembrar que a possível extinção de uma espécie pode ser prejudicial para o equilíbrio ecológico. Isso porque ela pode desestruturar toda teia alimentar de qual o ser faz parte. A curto prazo, algumas podem aumentar o número de indivíduos que compõe suas populações e tornarem-se pragas; já outras podem diminuir. A partir disso, torna-se evidente que a caça ilegal da arara-azul e da onça-pintada para fins comerciais, respectivamente, de suas penas e pele, coloca em risco as suas vidas, como também das outras espécies relacionadas ecologicamente a elas. Logo, para que o Brasil continue com a sua riqueza biodiversa é preciso inverter os papéis e não colocar em risco a vida dos animas, mas sim o desenvolvimento do comércio ilegal. Ademais, o meio científico também é afetado pela biopirataria. Em decorrência da extinção das espécies, não é possível concluir ou até mesmo iniciar pesquisas científicas em relação às características desses seres. Isso afeta a produção de fármacos, pois muitos deles são fabricados a partir dos compostos de plantas. Em exemplo, a fitoterapia - área de estudos medicinais da flora e sua aplicação na cura de doenças - poderá ser drasticamente danificada. Assim, para que a evolução da medicina não seja prejudicada é necessário maior fiscalização e punição no que tange a biopirataria. Portanto, com o intuito de preservar a biodiversidade e, consequentemente, progredir nos estudos científicos fitoterápicos é fundamental que o Poder Judiciário julgue e pune quem pratica a biopirataria. Além disso, é necessário fiscalizar as fronteiras do país haja vista que elas são uns dos principais pontos onde ocorre o comércio ilegal das espécies. Para isso a Força Nacional precisa agir, caso contrário o Brasil continuará deitado eternamente em berço esplêndido.