No território brasileiro, a exploração indevida da fauna e flora sempre esteve presente na história do país. Durante os primeiros anos da colonização e, posteriormente, o período marcado pelas famosas Bandeiras, houve intensa exploração do Pau-brasil e das Drogas do sertão. Apesar do decorrer dos séculos, a biopirataria continua fortemente existente no Brasil. Ora associada a falta de fiscalização, ora ligada a ganância humana, a biopirataria traz graves consequências a nação. Sabe-se que o contrabando é uma ação criminosa, ainda mais quando se trata de elementos da biodiversidade e da cultura de um país, no entanto essa conduta é frequentemente realizada no Brasil. Isso porque a escassa fiscalização permite a entrada e a saída, nas fronteiras do território nacional, de brasileiros e estrangeiros portando espécies de plantas, animais e informações culturais dos povos e suas regiões. Dessa maneira, a nação sofre diversos prejuízos como a extinção de espécies, os danos socioeconômicos, o desequilíbrio ecológico o subdesenvolvimento científico e tecnológico. Além disso, a ganância humana favorece a biopirataria. Isso pode ser justificado pelo fato de que o dinheiro, na maioria das vezes, corrompe o homem, visto que é notório o envolvimento de pessoas no contrabando de bens culturais e espécies nativas do Brasil em troca de grandes quantias de dinheiro. Desse modo, indivíduos acabam causando danos a própria nação, já que optam por “dar de mão beijada” os componentes da biodiversidade e da cultura brasileira a outros países. Assim sendo, é indispensável a adoção de medidas capazes de erradicar a biopirataria e suas consequências do Brasil. Posto isso, é fundamental que o Governo Federal, em conjunto com a Polícia Ambiental, amplie a fiscalização em pontos de entrada e saída de pessoas do Brasil, implementando profissionais capacitadas na realização dessa tarefa, no intuito de bloquear o contrabando de espécies e informações culturais. Ademais, é crucial que a Justiça puna, mediante o cumprimento de trabalhos voluntários na recuperação de danos causados à nação, a aplicação de multas e a prisão para aqueles que insistem em entregar o patrimônio cultural e ecológico brasileiro a outros países em troca de dinheiro, com o propósito de deixar a biopirataria apenas nas páginas dos livros da história brasileira.