A partir de 1500, com a chegada da primeira expedição de Cabral, foi plantada a semente do processo que subjulgou as riquezas naturais brasileiras por Portugal durante os três séculos seguintes. Hodiernamente, apesar de ser uma nação politicamente independente, o Brasil ainda tem suas riquezas naturais como objeto de cobiça de agentes estrangeiros, o que, se não for devidamente combatido, trará graves consequências ambientais e econômicas ao país. Primeiramente, cabe ressaltar que, no Brasil, são frequentes as retiradas forçadas de espécies ameaçadas de extinção de seu habitat natural, para ser comercializadas no mercado Internacional. Nesse contexto, pesquisa divulgada pelo jornal O Globo revelou que 61% dos animais apreendidos pela Polícia Federal sendo transportados irregularmente para o exterior eram exemplares de espécies ameaçadas de extinção, como o Tatu-bola. Como consequência desse processo, aumenta o risco de o país ter o seu potencial biológico reduzido, o que traria graves efeitos para a sociedade brasileira. Dentre esses efeitos, encontra-se a redução da possibilidade do desenvolvimento científico do país. Nesse sentido, estudo publicado pela revista científica Nature demonstrou que o potencial econômico de possíveis descobertas de tratamentos medicinais cujos princípios ativos se encontram em representantes da fauna e da flora brasileira atinge a cifra de 32 bilhões de dólares. Sendo assim, é imperativo que haja a proteção desses recursos naturais, tendo em vista o potencial econômico e científico que ele representa. Dessarte, é necessário que medidas sejam tomadas. Ao Governo Federal, cabe o aumento da vigilância das fronteiras nacionais, através de investimentos na Polícia Federal e da aquisição de veículos aéreos não tripulados, de modo a impedir a evasão dessas espécies do território nacional. Outrossim, ONGs devem promover campanhas publicitárias, a ser veiculadas nas redes sociais, com o objetivo de conscientizar a população a respeito da importância de lutar pela preservação desses recursos naturais. Sendo assim, a riquíssima biodiversidade brasileira se manterá incólume pelas gerações vindouras.