A biopirataria está presente no Brasil desde o seu descobrimento e mesmo após 518 anos, poucos avanços foram conquistados. Apesar de ser tratado com pouca relevância, é um assunto que abrange inúmeros problemas, como a exploração de índios, apropriação de patentes e fragilidade da fiscalização. Portanto, é notório que essa situação deve ser solucionada o mais rápido possível, a fim de que este país não perca mais suas espécies nativas. Ao contrário do que muitos pensam, não se trata somente do contrabando de animais, mas também, do tráfico de materiais genéticos, seja de plantas locais ou até mesmo humanos, conforme exibido no programa Repórter Record. Segundo os índios entrevistados, após um grande surto epidêmico, que devastou boa parte dos moradores da aldeia, membros de uma ONG estrangeira retiraram um pouco de seus sangues para detectarem as doenças, porém nunca voltaram. À vista disso, percebe-se que esses movimentos ilegais amedrontam os indígenas, uma vez que esses se veem ameaçados, preferindo se isolarem. Além disso, situações emblemáticas com a propriedade de patentes acirram o mercado capitalista, como o açaí que é um fruto originário do Brasil, porém seu registro pertencia a uma empresa japonesa. Segundo o Instituto do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis, houve um prejuízo de 16 milhões de dólares por dia, devido a infortúnios como esse visto que, o comércio brasileiro não pode exportar esses produtos e para importação é necessário o pagamento de taxas. Ademais, a negligência na fiscalização das fronteiras em áreas próximas ao Amazonas é alarmante, uma vez que a vigilância aérea é escassa, podendo haver um acampamento para exploração dos recursos naturais ou o uso de pequenos aviões para roubos à natureza. Conforme mostrado no filme Tainá, cujos habitantes lutam contra uma gangue que quer apoderar-se dos bichos que ali vivem. Infelizmente, isso relata casos que são atuais e reforça a urgência de ações da Polícia Federal e do IBAMA para protegerem essas zonas. Mediante aos aspectos mencionados, nota-se a necessidade da PF junto ao IBAMA supervisionarem a região amazônica. Por meio de drones e satélites, monitorando as ações ali realizadas, além de aumentarem os agentes que trabalham nas fronteiras dessas áreas. A fim de que, a fauna e a flora não continuem sendo abusadas por mais todos esses anos, punindo os contrabandistas.