No livro 1822, Laurentino Gomes jornalista e escritor brasileiro, diz que o Brasil de hoje deve a sua existência à capacidade de vencer obstáculos que pareciam insuperáveis naquela época. De fato, várias conquistas tanto no setor social quanto no econômico foram alcançados devido à condição social de o país tupiniquim basear nas adversidades o caminho para o progresso. No século atual, outros desafios surgem em decorrência de novos tempos. A biopirataria e sem dúvidas um empecilho para o desenvolvimento sustentável e econômico. Em primeira análise é notável esclarecer as questões históricas que envolvem esse tema. A biopirataria começou a ser praticada no Brasil ainda na época do descobrimento, quando houve grande exploração do Pau-Brasil, desde a data até os dias atuais é algo que vem crescendo cada vez mais. Diante dos números não se pode negar que este problema é um reflexo das falhas humanas. Diante de tamanha exploração e tráfico, a biopirataria afeta diretamente a economia brasileira, dando déficits milionários nos cofres nacionais. Contudo além da agressão econômica, não podemos deixar de destacar a agressão ambiental, a Amazônia já conta com 70% da sua área desmatada, muito em função dessa prática absurda. Portanto, a biopirataria é um desafio a ser vencido, já que claramente traz consequências muito graves para o País. Para Rousseau “o homem é o produto do meio”. Nesse sentido palestras interativas, oficinas de diálogo e propagandas educacionais podem ajudar na transformação do indivíduo, levando-o a ter consciência de suas práticas. Outra intervenção social é de iniciativa Governamental onde as punições para essa ação sejam de caráter mais severos, levando a pagamento de multas mais altas e apreensão dos indivíduos sem direito a fiança para serem libertos. As ações precisam ser tomadas e com grande emergência, afinal como disse Paulo Freire “Mudar é difícil, mas é possível”, e muito necessário. Dessa forma com venceremos obstáculos como aqueles alcançados em 1822.